O adeus ao mestre cavalheiro

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Mestre Cavalheiro no  comando da bateria da escola União da Vila em 2012Mestre Cavalheiro no  comando da bateria da escola União da Vila em 2012
Mestre Cavalheiro no comando da bateria da escola União da Vila em 2012
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O corpo de José Antônio Cavalheiro, 76 anos, foi sepultado às 20h de ontem, no Memorial da Paz. Ele faleceu na madrugada, em razão de complicações provenientes de duas cirurgias na cabeça. Natural de Porto Alegre, Cavalheiro fez histórias nos gramados e no carnaval de rua da cidade. Goleiro formado na base do Grêmio, transferiu-se para Passo Fundo na década de 60, onde atuou no Gaúcho e 14 de Julho. Também defendeu o Internacional de Santa Maria, Ypiranga de Erechim, Nacional do Paraguai, Juventus de Rio do Sul, Estrela e Palmitos.
A relação de Cavalheiro com o o carnaval de rua em Passo Fundo iniciou no Clube Visconde do Rio Branco. Apaixonado pela arte do samba, atuou como passista, mestre-sala, compositor, ritmista, até alcançar a condição de mestre de bateria. Autodidata, desenvolvia os próprios instrumentos. Figura tradicional dos carnavais, o mestre Cavalheiro, como passou a ser chamado, foi responsável pela formação de diversos ritmistas e carnavalescos da nova geração. Além do Visconde, desfilou pela Bom Sucesso, Particulares do Ritmo e Mocidade, onde conquistou o tri-campeonato na década de 90, com sua bateria nota 10, e Imperadores do Samba. Em 2012, comandou a bateria da União da Vila. No ano seguinte, foi homenageado na Câmara de Vereadores como Cidadão Honorário Passo-fundense. Funcionário público aposentado, ele deixa a esposa, Divair Cavalheiro, e seis filhos. “Nosso compromisso é manter vivo o legado deixado por ele na história do carnaval de Passo Fundo” disse a filha, Magda Beatriz Cavalheiro.

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