A primeira notícia que se tem conhecimento sobre o uso do biodiesel remonta ao dia 10 de Agosto 1893, quando Rudolf Diesel utilizou o primeiro motor à combustão interna a pistões que explorava os efeitos de uma reação química, utilizando óleo de amendoim. O resultado do processo foi o registro da patente de seu motor-reator em 1897, desenvolvido para trabalhar com óleo de origem vegetal. Em virtude desse feito, comemorado na quarta-feira (10), o Dia Internacional do Biodiesel, um combustível renovável e limpo, que não agride o meio ambiente, e que tem ainda funções sociais e econômicas muito importantes para o país e para o mundo.
O biodiesel somente foi alavancado no país a partir de 2005, quando foi criado o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB, instituindo em lei o acréscimo obrigatório de uma porcentagem de biodiesel ao óleo diesel fóssil. Atualmente, é acrescido 7% de biodiesel, sendo que até 2019 alcançará a 10% de mistura, podendo evoluir em futuro próximo até a 15%.
“O programa representou um importante avanço ao uso de fontes renováveis de energias, trazendo importantes benefícios ao meio ambiente, com a redução significativa na emissão de poluentes e gases do efeito estufa - GEE,” destacou o diretor presidente da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, ressaltando que Estudos da Peterson Solutions indicam que o biodiesel emite menos 71,65% de GEE para atmosfera se comparado ao diesel fóssil.
Estudos da USP, ministrados pelo professor Paulo Saldiva, mostram que 20% de biodiesel a mais nos automóveis movidos a diesel representariam 13 mil vidas poupadas por doenças relacionadas à qualidade do ar apenas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Para a agricultura alavanca-se renda para os pequenos produtores fazendo inclusão social, na região sul do Brasil no mínimo 40% dos grãos utilizados para a produção de biodiesel vêm da agricultura familiar, beneficiando anualmente cerca de 75 mil famílias. Atualmente, a soja representa aproximadamente 79% das matérias-primas utilizadas para a produção do biocombustível, seguida pela gordura bovina com 15%, o restante é composto pelas demais matérias-primas, como outros materiais graxos, óleos de palma, de algodão, de fritura e demais gorduras.
“Um fator a se levar em consideração é a redução na importação de diesel com a inserção do biodiesel na matriz energética, diminuindo a dependência do petróleo. Além de possibilitar a industrialização dos grãos, fazendo com que as divisas fiquem no país, agregando renda e postos de trabalhos,” pontou Battistella. Atualmente existem 51 plantas produtoras de biodiesel autorizadas pela ANP para operação no País, com capacidade de produzir com 7,30 bilhões de litros por ano.
Programa representa avanço no uso de fontes renováveis
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