Movimento em baixa, expectativa alta

De acordo com CDL, comércio espera arrecadar, pelo menos, R$ 345 milhões em todo estado. Dados de Passo Fundo não foram divulgados

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A cozinheira Margarete e o filho Eliéser buscam o presente para Dia dos Pais. Promoções contam ?EUR" e muito! - na hora da compraA cozinheira Margarete e o filho Eliéser buscam o presente para Dia dos Pais. Promoções contam ?EUR" e muito! - na hora da compra
A cozinheira Margarete e o filho Eliéser buscam o presente para Dia dos Pais. Promoções contam ?EUR" e muito! - na hora da compra
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Juntos, a cozinheira Margarete Trindade e seu filho Eliéser saíram do bairro Santa Rita em direção do centro de Passo Fundo. O motivo: comprar o presente de Dia dos Pais. “Todos anos a gente dá alguma coisa, nem que seja uma lembrança”, contou. Sentimento compartilhado pela dona de casa, Ivânia Mazzucatto, que tem em comum com Margarete a escolha do presente: ambas preferem presentear os pais com peças de vestuário. “Roupa ele usa para trabalhar, para sair. Dura bastante e, nesta época, a gente consegue com um preço mais em conta”, comentou Ivânia. A combinação de variedade de preços e diversificação de produtos é o que visa atrair consumidores para o comércio no Dia dos Pais. Ainda assim, o movimento nas lojas ainda não cumpre expectativas. “Promoções, produtos variados e opções nós temos. Só falta o movimento”, diz a gerente Paula Battisti. Segundo ela, agosto começou devagar neste quesito – mas tende a melhorar com a chegada do final de semana, tradicionalmente o momento com maior movimento nas lojas.

A expectativa, como afirmou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), é que as vendas do Dia dos Pais de 2016 alcancem mesmo patamar do ano passado, em todo estado. “Vendemos R$ 345 milhões em 2015 e esperamos, se não aumentar, pelo menos manter este número”, afirmou o presidente da entidade em Passo Fundo, Adriano Sonda. O foco é, portanto, incentivar os lojistas a reverter as situações aparentemente negativas. “Compreendemos que o momento é de crise, mas nossa meta é evitar o decréscimo. Se não houver crescimento, que não haja queda também”, enfatiza. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), 48,3% dos consumidores deve comprar o presente de última hora, enquanto outros 52,2% compraram na primeira semana de agosto. “Sempre tem a compra de última hora, mas percebemos que muita gente se adiantou neste ano, visto o número de liquidações realizadas pelo comércio. A facilidade nos preços e nas formas de pagamento fez com que o consumidor aproveite para tira vantagem na compra de dia dos pais, também”, pontuou Sonda.

Estratégia de venda

Na hora da compra, o valor empregado passa a ser protagonista. O jeito é buscar estratégias criativas para atrair os compradores. “Temos alguns produtos com 50%, 30%, 20% de desconto. Isso mexe com o público, chama a atenção”, reafirma outro lojista, o proprietário José Alcemiro Fontoura. Apesar do pouco movimento registrado no início desta semana, a meta do seu estabelecimento é vender 18% mais que o mesmo período de 2015. “Nesta época do ano as pessoas sempre lembram comprar uma blusa, uma camisa, um sapato. Não acredito que vá crescer tanto, não sinaliza para isso, mas se mantivermos [as vendas] como o ano passado então está tranquilo”, comenta. O desconto é parte essencial neste processo já que, conforme a pesquisa da AGV, os gaúchos pretendem gastar de R$ 50 a R$ 100 nos presentes para os pais em 2016. No ano passado, a estimativa era que fossem gastos de R$ 90 a R$ 100. Esta diminuição no valor mínimo do presente representa, entre outros fatores, a diminuição do poder aquisitivo das famílias gaúchas. “Além disso, do ano passado para cá houve um acréscimo significativo nos valores dos serviços básicos, como energia elétrica, por exemplo. Isso aumenta o valor investido mensalmente de mantenimento da casa, o que impede que seja gasto no comércio. Esta é a diferença”, pontua Sonda. O setor de vestuário é o mais procurado para compra na data, com busca de 44,2% dos entrevistados. Em seguida vêm os acessórios (20,9%) e livros (14%).

 

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