Plantas bioativas são aquelas que produzem efeitos sobre seres vivos, com propriedades medicinais, aromáticas, condimentares ou nutracêuticas, por exemplo, ou com ação tóxica, que exigem precaução. Centenas de pessoas interessadas nessa temática se reúnem na Universidade de Passo Fundo (UPF) de 22 a 24 de setembro, com discussões centradas em quatro eixos: o diálogo entre saberes popular e científico; a efetividade das políticas públicas das plantas medicinais e fitoterápicos; os desafios da cadeia produtiva das plantas bioativas; e a multifuncionalidade da biodiversidade nativa. A abertura da 10ª Reunião Técnica Estadual de Plantas Bioativas e do Seminário Regional de Plantas Bioativas e Homeopatia Popular ocorreu na tarde de segunda-feira, 22 de agosto, no Centro de Eventos da UPF, com a participação de diversas autoridades.
Realizados pela primeira vez no norte do estado, os eventos são promovidos pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura de Passo Fundo, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, UPF, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Itaipu Binacional e Ministério Público do Rio Grande do Sul, entre outras instituições e entidades. A intenção é promover o debate e oportunizar a qualificação sobre as plantas bioativas, visando o fortalecimento da cadeia produtiva e da rede de entidades envolvidas. Integrantes de entidades, instituições, estudantes e simpatizantes da causa compõem o público participante, que conta com representantes de diferentes regiões do estado e até do exterior. São três dias de atividades, com paineis, palestras e relatos de experiências, além de 26 oficinas.
O reitor José Carlos Carles de Souza participou da abertura. A nem sempre harmônica relação do homem com a natureza foi mencionada pelo professor, que destacou que parcela significativa da fauna, flora e recursos hídricos já foram comprometidos, mas cabe a nós agir de modo a preservar e valorizar o que ainda é possível. “Enquanto estamos no ambiente da agricultura de precisão, da monocultura, não podemos esquecer que temos como agregar valor a uma atividade agroecológica”, colocou. Para o reitor, a UPF pode trazer contribuições importantes na área da pesquisa, buscando tecnologias para desenvolver atividades no campo que não agridam o meio ambiente.
O presidente da Emater Clair Kuhn lembrou que, por meio da entidade, são mantidas no estado 7 mil hortas, presentes em 322 municípios. Além disso, há avanços no uso de plantas bioativas na área da saúde. “Precisamos das universidades e de outras instituições para que pesquisem cada vez mais e embasem o avanço dessas plantas”, considerou.
Além do reitor e do presidente da Emater, compuseram a mesa de abertura o secretário Municipal de Saúde Luiz Artur Rosa Filho; o coordenador da 7ª CRE Santos Olavo Misturini; a farmacêutica do Departamento de Ações em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde Sílvia Czermanski ; representante do secretário da Saúde João Gabardo dos Reis; a engenheira agrônoma da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo Agda Ikuta; o representante da Itaipu Binacional Luis Breinac; o presidente regional da Emater/Ascar Auriberto Adami; o gerente da Unidade de Passo Fundo da Cotrijal Cleberson dos Santos; a presidente da Cresol Rosane Pansera Dalsoglio, o presidente da Floresta Nacional de Passo Fundo Adão da Costa Guilish; a coordenadora da Residência em Saúde da UFFS Vanderleia Pulga; e o promotor do ministério público estadual Paulo Cirne, entre outras.
Mostra
No Portal das Linguagens é possível visitar a mostra do evento. Estão expostos pôsteres e trabalhos de escolas, empreendimentos, artesanato, além da realização de oficinas e espaço de cuidados. A atividade é aberta a todos os interessados, assim como os demais eventos.
Na página www.plantasbioativas.upf.br é possível visualizar a programação completa, bem como outras informações sobre as atividades.
