Banco de Tecidos do HSVP presente no III CIORS

A captação, o processamento e o transplante de órgãos são procedimentos de alta complexidade, que exigem estrutura técnica e equipe preparada para elaborar os processos. O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo possui o único Banco de Tecidos Musculoesqueléticos (BTME) da região sul do Brasil, que disponibiliza materiais com procedência garantida para Odontologia, Traumatologia e Ortopedia, sendo que, 80% dos materiais processados são disponibilizados para a Odontologia em procedimentos como, correções de deformidades no maxilar, mandíbula e enxerto ósseo para implantes dentários. Em função disso, para levar informações aos profissionais desta área, o BTME está presente no III Congresso Internacional de Odontologia do Rio Grande do Sul (CIORS) que acontece de 25 a 27 de agosto, na FASURGS em Passo Fundo.
Conforme o enfermeiro do BTME, Sidinei dos Reis a participação no Congresso é importante para mostrar aos profissionais como funcionam os processos dos materiais, quem pode fazer uso e como entrar em contato com o Banco. “A doação e utilização do material para fins terapêuticos são regulamentados pela Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde (CGSNT/MS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitário (ANVISA). Os profissionais que precisam utilizar os tecidos ósseos precisam estar cadastrados no Sistema Nacional de Transplante (SNT) para depois fazer a solicitação dos tecidos, que são liberados em ordem cronológica”, explica.
Os tecidos musculoesqueléticos dependem também da solidariedade de um doador. “O material é proveniente de doações realizadas pelas famílias de pessoas falecidas ou de pacientes que se submeteram à cirurgia ortopédica com remoção de osso para substituição por prótese, após a assinatura de termo de consentimento da doação”, relata Sidinei, destacando que a participação no CIORS também visa conscientizar os profissionais sobre a importância da doação. “O tecido ósseo é doado gratuitamente ao paciente, cabendo a este ressarcir ao banco de tecidos apenas os custos de exames e processamento”, enaltece.