Como a situação do país influencia no sentimento patriota da população?

Com as comemorações da Semana da Pátria que culminam com o desfile desta quarta-feira, 7, sentimento dos cidadãos em relação ao país deve transparecer

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O retrato histórico clássico diz que Dom Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, ergueu a espada e declarou ao seu povo: “independência ou morte?”. Há quem diga que foi assim, já outros discordam dessa visão romântica do herói nacional. Da mesma forma nos últimos meses o povo brasileiro viu a sua bandeira ser erguida com argumentos supostamente defensivos à honra do país e de seus cidadãos. Seja no cenário político, econômico ou esportivo os símbolos nacionais têm sido evidenciados nas mais diversas situações, inclusive no processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Mas a dúvida que surge neste cenário é sobre como o patriotismo é influenciado por todas essas inconstantes vivenciadas atualmente?

Para o professor e coordenador da área de Ciências Sociais da Universidade de Passo Fundo, Me. Glauco Ludwig Araujo, neste momento é difícil prever de que modo a situação vai interferir nos sentimentos do brasileiro em relação ao país, pois ainda é muito cedo para avaliar as repercussões que os desdobramentos da conjuntura terão. “Parece-me, contudo, que o cenário não é muito promissor. No que tange o cenário econômico, alguns analistas acreditam no início da reversão do ciclo depressivo já no ano que vem, mas essa aposta ainda é uma incógnita. A situação política contribui para que a expectativa seja justamente a da continuidade e aprofundamento da crise”, inicia.

Fortalecimento da polarização

Para ele, da mesma forma que a situação da economia não dá margem para otimismos, tampouco a crise política parece ter chegado ao fim. “A polarização de dois grandes campos político-partidários que se acentuou após a eleição de 2014 ficou ainda mais crítica após o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Tratou-se de um processo com uma carga política muito maior do que técnica. Não à toa, uma série de juristas já se dividia entre opiniões atestando a legalidade ou exceção nos procedimentos jurídicos. E esses dilemas ficaram ainda mais acentuados com a permissão concedida à Dilma para que possa voltar a concorrer, mesmo após o afastamento da presidência”, argumenta.

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