A 145ª edição da Romaria de São Miguel, realizada na manhã deste domingo, reuniu cerca de cinco mil pessoas. O lema era “São Miguel, ajuda-nos a viver a misericórdia na família”. A tradicional festa religiosa prosseguiu durante todo o dia com diversas atrações na Paróquia que leva o nome do santo, na saída para o distrito de Pulador. A procissão começou na Paróquia São Vicente de Paulo, com a equipe de animação contando com jovens do CLJ e a participação dos integrantes do Grupo Cavaleiros do Mercosul. Na chegada ocorreu missa campal, conduzida pelo padre Carlos Jaroceski.
História, religiosidade e devoção
Tradicional em Passo Fundo, a Romaria de São Miguel tem suas origens na história de dois escravos que, ainda no século XIX, voltavam da Guerra do Paraguai quando, ao chegarem às terras onde hoje fica o atual distrito do Pulador, encontram uma pequena estatueta de São Miguel Arcanjo. Logo, nas terras de Bernardo Castanho Rocha, fugindo dos ares urbanos e direcionada para o povo do campo, foi construída, de pau-a-pique e com telhado de capim, uma pequena capela.
Hoje, reformada e tombada como patrimônio cultural, a capela é o foco da fé. “A devoção ao arcanjo é fundamentada no antigo e novo testamento quando se fala que Deus enviará anjos para cuidar de cada um dos seus pequeninos e, principalmente, dos mais necessitados – na época em que a imagem foi encontrada, os necessitados eram os escravos e, hoje, há tantas outras pessoas que precisam de força”, comenta o padre Carlos que acrescenta, ainda, que a Romaria é um símbolo de devoção. “São Miguel é decretado como protetor de toda a Igreja Católica. Biblicamente é considerado aquele que defende contra as injustiças, contra qualquer tipo de violência. Hoje, está presente justamente pra ajudar a defender dos males que a sociedade e o mundo apresentam.