Consulta informal pede se sulistas devem se separar do Brasil

Votação será realizada neste sábado (1) em vários municípios gaúchos. Pelo menos 15 urnas estarão distribuídas por Passo Fundo

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“O povo sulista nunca teve a oportunidade de expressar sua opinião se gostaria, ou não, de continuar sendo brasileiro”. A frase acima faz parte da cartilha orientativa do plebiscito informal organizado pelo movimento separatista 'O Sul é meu País'. O grupo – que surgiu em 1992 em Lages (SC) – promove no próximo sábado (1) o chamado 'Plebisul', uma consulta popular que questiona se os estados do sul do país – Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC) e Paraná (PR) – devem formar um país independente.

De acordo com o representante do grupo na microrregião de Passo Fundo, Diego Brugnera, o movimento espera que pelo menos 5% do eleitoral dos três estados participem da votação. Este percentual totalizaria cerca de 1 milhão de votos. No total, o grupo estima ter, em toda região de abrangência, cerca de 25 mil apoiadores envolvidos para realização da consulta. Em Passo Fundo, pelo menos 15 urnas serão disponibilizadas pelo município para votação do público. Os principais pontos são a esquina da Avenida Brasil com a Bento Gonçalves; a Praça Marechal Floriano, em frente da Catedral; a Praça do Teixeirinha; Parque da Gare, próximo a Feira do Produtor e a Praça Tamandaré. Alguns bairros também receberão urnas, mas os locais ainda não foram definidos.

O que pretende o Plebisul?
Como autodefine, o movimento afirma que seu principal objetivo é emancipar – administrativa e politicamente – os três estados do sul do Brasil como uma nação soberana, de maneira pacífica e democrática. “Nossa intenção é conseguir fazer esta emancipação, que já vem historicamente desde a Revolução Farroupilha [1935-1945]”, começa Brugnera, que ressalta que o movimento está “lutando contra o atual sistema do Brasil”. A partir da contagem dos votos, o grupo encaminhará todos os documentos para a Organização de Nações e Povos Não-representados (UNPO, em inglês). “É este órgão que vai falar com Brasília como forma de mediação para que se faça, então, um plebiscito oficial”, pontua.

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