Itaú abre exceção a aposentados

O banco atendeu somente os beneficiários do INSS nesta segunda-feira e hoje (4) a paralisação segue

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No 28º dia de paralisação, os bancários abriram uma exceção no banco Itaú para que os aposentados do INSS pudessem receber seu benefício. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e Região, o banco só atendeu os beneficiários nesta segunda-feira (3) e não deve abrir ao público até o fim da greve. Seguem paralisados também os bancos Caixa Econômica Federal e Santander. Banrisul e Banco do Brasil funcionam parcialmente e os bancários orientam que nos bancos que não estão com adesivos de adesão à greve os clientes insistam pelo atendimento. O Bradesco atende o público através de uma liminar.
Na região, em Sertão o Banco do Brasil de está fechado e o Banrisul atende parcialmente. Em Tapejara e em Lagoa Vermelha agências da Caixa Econômica Federal funcionam parcialmente. De acordo com um dos coordenadores do Sindibancários, Setembrino Dal Bosco, a greve tem adesão de aproximadamente 55% dos bancos de Passo Fundo. A política é de expansão do movimento até que se consiga um acordo com a entidade patronal.


A greve
A paralisação deste ano já é considerada uma das greves mais longas da história da categoria. Na última quarta-feira (28), os bancários recusaram proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em nota, a entidade patronal disse que ofereceu reajuste de 7% nos salários e benefícios, abono de R$ 3,5 mil e propôs que a negociação de 2016 tenha duração de dois anos, com garantia de reajuste da inflação e ganho real de 0,5% em 2017.
A oferta foi considerada insuficiente pelos trabalhadores, que reivindicam reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real; piso salarial de R$ 3.940,24; melhores condições de trabalho e fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, entre outras demandas.
Desde agosto de 2015, segundo os sindicatos da categoria, os bancários acumulam redução salarial de 9,62%. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf), Roberto von der Osten, a greve seguirá forte. “Estamos lutando por dignidade e respeito”, disse o sindicalista. Até o momento, não há previsão de acordo.

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