Troca de experiências, compartilhamento de ideias e uma proposta concreta de vivência do conceito de economia solidária: esta é a síntese da 3ª Mostra de Ações Sociais Solidárias que acontece neste domingo, 9, junto à 36ª Romaria de Nossa Senhora Aparecida e reúne cerca de 70 grupos de Economia Popular Solidária, acompanhados pela Cáritas Arquidiocesana. Além dos grupos que desenvolvem produtos de artesanato, panificação, lanches, sucos, hortigranjeiros e orgânicos, a Mostra dá visibilidade, também, às entidades sociais e pastorais, que atendem crianças, adolescentes, jovens, mulheres, desempregados, catadores, pequenos agricultores, indígenas, quilombolas e tantas outras pessoas em situação de vulnerabilidade.
Parte da programação da Romaria desde 2014, a Mostra de Ações Sociais Solidárias chega, neste ano, na sua terceira edição com a certeza de que a proposta beneficia não apenas os grupos, mas as pessoas que passam pelo local. “A Mostra é parte integrante da Romaria. O bonito processo de formação e preparação que se dá com os grupos nos faz ver que a Romaria acontece antes da data, em si.”, inicia Franciel Bachi, um dos organizadores da atividade. “Temos a certeza de que essa iniciativa fortalece e valoriza ainda mais as questões sociais, tornando as ações que a Igreja desenvolve conhecidas da comunidade e dos romeiros. É um importante espaço para a troca de experiências e vivência entre os grupos”, complementa.
Conhecimento compartilhado
Integrante de um dos grupos, Eliane Horn participa pelo segundo ano da Mostra e dedica seu trabalho ao artesanato. Para ela, a economia solidária permite, além do sustento, a troca de experiências capaz de ampliar conhecimentos. “É um espaço diferenciado. Para mim é prazeroso. Além de ajudar no meu orçamento, a gente conhece diferentes pessoas. Eu tenho a possibilidade de adquirir conhecimento e de trocar experiências e materiais”, comenta a artesã que, além de se dedicar ao Espaço Solidário – que fica junto à sede da Cáritas e reúne a produção de todos os grupos -, se envolve, também, com oficinas de artesanato nas paróquias da cidade.
Eliane acrescenta, ainda, que a proposta de envolver os grupos na Romaria vem ao encontro do objetivo da economia solidária. “Na Romaria, a troca e experiências é essencial. Conhecemos os outros grupos e conhecemos a fé do outro. Partilhamos juntos. Sempre aprendemos. Esse sentimento de solidariedade proporciona que não apenas o produto seja valorizado, mas a pessoa e o trabalho por trás dele.”, conclui.