Família morre em incêndio na vila Cruzeiro

Vítimas gritaram por socorro, mas as grades nas portas e janelas da residência impediram o resgate

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Os vizinhos tentaram abrir um buraco na parede com um machado para retirar a família de dentro da casaOs vizinhos tentaram abrir um buraco na parede com um machado para retirar a família de dentro da casa
Os vizinhos tentaram abrir um buraco na parede com um machado para retirar a família de dentro da casa
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Um incêndio matou uma família na madrugada desta segunda-feira (24), em uma casa na esquina da Rua José Bonifácio com a Marques de Maricá, na Vila Cruzeiro. O fogo iniciou por volta das 2h e a casa de madeira foi rapidamente consumida pelas chamas. As vítimas foram identificadas como Luiz Carlos Inchoster, de 37 anos, Chaiane Calheão da Silva, de 28 anos, e Eduarda Calheão Carubin, de 11 anos.
O casal e a enteada moravam de aluguel no local e de acordo com o proprietário do imóvel, Rogério Gomes Pinheiro, se ouviu os estouros das telhas queimando. Quando ele chegou ao local, junto de outros moradores das proximidades, as vítimas, que não conseguiram sair em função das grades nas portas e janelas, clamavam por socorro na janela. Os vizinhos tentaram abrir um buraco na parede com um machado, mas devido ao calor das chamas e a rapidez com que o fogo se espalhou, não foi suficiente. “Olhar eles morrendo e não poder fazer nada é muito difícil”, comentou Rogério com sentimento de impotência.
Uma guarnição do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar fazia patrulhamento de rotina pelas proximidades. Os policiais viram um clarão e foram até o local para verificar o que estava acontecendo. Logo em seguida chegou o Corpo de Bombeiros. Embora a guarnição tenha chegado rapidamente ao local, a família já havia falecido.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve lá e afirmou, preliminarmente, que a maior probabilidade é que o fogo tenha iniciado em decorrência de um curto-circuito, na cozinha. A 1ª Delegacia de Polícia de Passo Fundo, comandada pelo delegado Diogo Ferreira, vai investigar o incêndio. “Não tem hipótese criminosa, mas vamos investigar para verificar efetivamente as causas do incêndio”, concluiu o delegado.
Eles moravam há aproximadamente cinco anos na residência. Luiz era fiscal de ônibus na empresa Coleurb e Chaiane era funcionária do Clube Comercial. De acordo com o proprietário do imóvel, ambos eram trabalhadores, benquistos pelos vizinhos e ótimos inquilinos. O velório da família foi na Capela da Igreja Paroquial São José. O sepultamento será às 9h de hoje no Cemitério Santo Antônio.
O Corpo de Bombeiros já registrou 80 incêndios em residências passo-fundenses em 2016 e quatro mortes.

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