O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo participou do 17º Fórum Perinatal do Rio Grande do Sul no dia 27 de outubro de 2016 na Câmara de Vereadores de Passo Fundo. O tema abordado no Fórum foi “Linha de cuidado a mulher vítima de violência – Rede de Atenção x Relações Violentas – Que rede é essa? O Fórum envolveu os municípios da Macro Região Norte do estado pertencentes a quatro Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) - (11ª CRS – Erechim, 15º CRS – Palmeira das Missões, 19º CRS – Frederico Westphalen e 6ª CRS – Passo Fundo), com profissionais da área saúde dos hospitais e rede básica de saúde das regiões. O objetivo do evento foi qualificar a linha de cuidado as mulheres em idade fértil (10 a 49 anos de idade) vítimas de violência. A programação abordo desde conceitos relacionados a violência contra a mulher, até reflexões sobre a estrutura dos serviços e da rede de atenção à mulher.
As enfermeiras do HSVP Claudia Deon, Coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) e Maristela Silveira Rodrigues, Gestora do Setor de Emergência e a psicóloga Luana Rocha de Lima, que atuam na linha de cuidado às pessoas que buscam atendimento em situação de violência, participaram de duas mesas temáticas. A primeira abordou as capacitações em Porto Alegre e Brasília, que o HSVP participou. No segundo momento, as profissionais fizeram um relato de experiência de um hospital de referência para atenção integral às pessoas em situação de violência.
Conforme Maristela a atividade “foi um espaço ímpar para troca de experiências e de atualizações sobre está temática, que é tão delicada, reforçando cada vez mais a abordagem em rede interdisciplinar”. Claudia salientou ainda, a relevância da notificação dos casos no Sistema de Informação Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, pois a partir disso, os municípios, estado e união podem planejar políticas públicas efetivas. “Foi um evento de significativa evolução no que se refere a proteção as pessoas em situação de violência, despertando a responsabilidade de cada serviço para um atendimento digno e intersetorial”, avaliou, pontuando também que a notificação pode ser realizada mesmo em casos suspeitos conforme a Portaria nº 204 de 17 fevereiro de 2016. “É fundamental um bom acolhimento às pessoas que procuram o serviço em situação de violência, pois estas, além de buscarem o atendimento clínico necessitam de amparo psicológico já que encontram-se fragilizadas”, completou Luana.
Violência contra a mulher em debate
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