Construção do novo campus da UFFS deve reiniciar hoje

Após processo licitatório, campus entra na última fase de construção. Enquanto isso, hospitais se organizam para montar ambulatórios de atendimento pelo SUS nos prédios do antigo quartel ?EUR" locais que devem ser restaurados mais tarde pela universidade

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Enquanto o prédio novo não fica pronto, a universidade planeja a restauração dos edifícios pertencentes ao antigo quartel
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A obra do novo campus da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) de Passo Fundo está marcada para reiniciar nesta segunda-feira (21). O processo estava parado desde julho, quando era aguardada a licitação para dar encaminhamento à fase de construção das salas de aula e laboratórios da Faculdade de Medicina da instituição.

 

Até então apenas a parte estrutural estava pronta. De acordo com o reitor da universidade, Jaime Giollo, a ordem de serviço foi emitida para a empresa no dia 8 deste mês, com execução marcada para amanhã. “No máximo na terça-feira (22) a empresa já deverá estar trabalhando na obra. Isso mostra que o nosso calendário – considerando sempre os pequenos atrasos – está dentro do previsto”, afirma.

 

O novo prédio terá quatro pavimentos e abrigará 15 salas de aula, laboratórios, biblioteca e setor administrativo. Prestes a ser construído pela mesma empresa que trabalha no Bloco B do campus de Erechim, o projeto precisou ser readequado em Passo Fundo. “Nos outros prédios usaram o mesmo projeto, então tivemos que reorganizar para colocar a estrutura de laboratórios, o que dá uma complexidade maior à obra. Tínhamos ali uma série de prédios iguais, sem questão laboratorial interna. Isso demanda outro tipo de canalização, outra estrutura hidráulica e de gás”, explica o reitor. Ainda assim, segundo ele, a obra saiu mais barata que o previsto: dos estimados R$ 9 milhões, passou para R$ 8,5 milhões. A intenção é que os alunos iniciem o primeiro semestre de 2018 na sede nova.

 

“Até lá já teremos 10 turmas com aula em turno integral, número não suportado no nosso local atual, o Seminário Nossa Senhora Aparecida”, apontou o atual diretor da faculdade, Vanderlei Farias. As sete salas e cinco laboratórios do Seminário dão conta dos 180 estudantes de Medicina que atualmente estudam na UFFS.

Restauração do antigo quartel
Enquanto o prédio novo não fica pronto, a universidade planeja a restauração dos edifícios pertencentes ao antigo quartel. Dos sete hectares da área, cinco foram cedidos à UFFS pela União. Os outros dois seguem no comando do Exército. No momento, o prédio central da área recebe manutenção para implantação de ambulatórios de especialidades. “É um convênio entre os hospitais e a UFFS. Os ambulatórios serão administrados por eles e será um espaço para formação de alunos e aumento do atendimento pelo SUS em Passo Fundo. É uma estrada de mão dupla”, aponta o reitor. Na última sexta-feira (18), por exemplo, uma empresa trocava as calhas da edificação a pedido do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP).

 

A instituição é a primeira a iniciar as obras de reparo no local. Mesmo assim, segundo ela, ainda não estão definidas todas as especialidades tratadas pelos ambulatórios. “O que temos confirmado é que o primeiro a ser implantado será o Ambulatório de Ortopedia [antigo IOT SUS], com previsão para início de 2017. Em seguida os outros ambulatórios serão instalados de forma gradativa”, informou em nota.

A restauração total dos prédios antigos será realizada com auxílio dos projetos de alunos e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo do campus de Erechim. “Vamos, sim, restaurar, mas isso vai depender da conclusão dos projetos. Não temos pressa: é um aprendizado importante, que envolve a comunidade acadêmica, então precisamos trabalhar com um tempo bem mais elástico”, defende Giollo.

 

“Além disso, também não temos pressa porque o prédio novo vai dar conta de todas as nossas necessidades”, completa. O projeto para construção completa do campus – que reúne a construção do novo, a restauração dos antigos e algumas demolições – já foi entregue na Câmara de Vereadores da cidade há, pelo menos, um mês. 

 

 

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