A morte de Fidel Castro, uma das personalidades globais mais importantes e polêmicas dos últimos 50 anos, provocou reações diferentes do atual e do futuro presidente dos Estados Unidos. O presidente Barack Obama, que fez do restabelecimento de laços diplomáticos com Cuba um marco de seu governo, disse neste sábado que os Estados Unidos estendem a mão da amizade ao povo cubano.
Já o presidente eleito Donald Trump, que está passando o fim de semana em seu resort em Palm Beach, na Flórida, divulgou duas mensagens sobre a morte de Fidel Castro. Na primeira, ele se limitou a dizer pelas redes sociais a seguinte frase: "Fidel está morto". Em outra declaração, divulgada horas mais tarde, Donald Trump se referiu a Fidel como um "ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas".
As declarações em sentido oposto de Obama e de Trump provocam indagações de especialistas sobre o futuro das relações entre os Estados Unidos e Cuba. Pelo lado de Trump, o que está valendo é uma declaração que ele fez, durante a campanha eleitoral, em um comício em Miami, em setembro. Trump disse, na época, que pretendia reverter ações empreendidas pelo presidente Barack Obama com relação a Cuba, a menos que o regime cubano comece a reconhecer a "liberdade religiosa e política" e libertar prisioneiros políticos.
Segundo Donald Trump, "Cuba continua a ser uma ilha totalitária". Ele acrescentou: "Espero que hoje marque um afastamento dos horrores duradouros, e [abra um caminho] para um futuro em que o maravilhoso povo cubano finalmente viva na liberdade que tão ricamente merece".
Trump disse que seu governo "fará tudo o que puder para garantir que o povo cubano possa finalmente iniciar seu caminho rumo à prosperidade e à liberdade".