Pelo menos mil moradores de Passo Fundo, com cidadania italiana, estavam aptos a votarem no referendo constitucional da Itália, que acontece no próximo dia 4 de dezembro. Se aprovada, a proposta prevê mudanças no sistema político do país.
A principal delas é a redução de poderes do Senado. Apenas a Câmara dos Deputados continuará com o papel de aprovar leis e votar a confiança ao governo. Já o Senado, apesar de manter seu nome atual, será transformado em uma espécie de "câmara das autonomias", com funções muito menores que as atuais.
Assim, os 315 senadores de hoje serão substituídos por 74 conselheiros regionais (cargo semelhante ao de deputado estadual no Brasil) e 21 prefeitos, todos escolhidos pelas Assembleias Legislativas de cada região, segundo as preferências demonstradas pelos eleitores nas urnas. Ao votar em eleições regionais, o cidadão indicará na cédula qual conselheiro gostaria de ver no Senado.Cinco membros serão nomeados pelo presidente da República para um mandato de sete anos, totalizando 100 "senadores".Nenhum deles receberá salário, apenas os vencimentos relativos a seus cargos originais. Ou seja, se um prefeito for escolhido para o Senado, ganhará apenas os honorários municipais.
Em todo o Rio Grande do Sul, aproximadamente 55 mil pessoas com dupla cidadania tinham direito ao voto. A recomendação é de que os votos sejam encaminhados até às 16 horas, de hoje, ao Consulado Geral da Itália, em Porto Alegre. Secretario do Círculo do Partito Democratico (PD) da Itália em Porto Alegre, o vereador Marcelo Sgarbossa (PT) fez campanha pelo 'sim' para que o Parlamento da Itália tenha uma redução no número de vereadores de 315 para 100, além de outras mudanças para agilizar o sistema legislativo no país', informou através de nota, a assessoria de comunicação do vereador. Também é possível entregar o voto diretamente no Consulado, na rua José de Alencar, 313, bairro Menino Deus.
Prazo de votação no referendo italiano termina hoje
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