O comentarista esportivo da rádio Chapecó, Sergio Badaloti, acompanhou a delegação da Chape,até São Paulo, para cobrir o confronto contra o Palmeiras. Após o jogo, ainda no hotel, ele de despediu dos colegas de emissora, o narrador Fernando Doeste, e do repórter Douglas Dorneles. Os dois seguiram no voo com a delegação da Chape rumo a Colômbia, e acabaram perdendo a vida na queda da aeronave. “Eu só não embarquei, porque havia dois lugares apenas para cada emissora de rádio da cidade” conta. Trabalhando na imprensa de Chapecó desde 1991, Badaloti disse ter passado mais tempo da sua vida na Arena Condá, do que na escola. Ele estava em casa, distante cerca de 50 metros do estádio, quando acordou com um telefonema informando sobre a tragédia. “Acompanhei toda a trajetória deste clube, que vivia um momento incrível. Perdi muitos amigos nesta tragédia”. Sobre o futuro, diz acreditar na recuperação da Chape. “O clube tem um projeto a ser seguido. Os dirigentes que ficaram têm condições de levar adiante. Vai demorar um pouco, mas daremos sequência com certeza” garante. Segundo ele, o número de associados do clube saltou de oito mil para 30 mil novos sócios após a tragédia. Experiente, Badaloti se emociona ao lembrar da homenagem feita pelos colombianos na quarta-feira à noite, em Medellín. “A partir de agora tenho dupla nacionalidade, sou brasileiro e colombiano. Nunca vi nada parecido com o que eles fizeram. Choraram a morte dos nossos jogadores e jornalistas como fossem parentes deles. Teremos que retribuir esta homenagem de alguma forma”. Badaloti havia sido convidado ontem à tarde para ser o representante dos jornalistas na cerimônia marcada para a manhã de hoje, no aeroporto de Chapecó, com a presença do Presidente da República Michel Temer.
Radialista diz que Chape tem projeto e seguirá em frente
· 1 min de leitura