As empresas concessionárias de transporte coletivo de Passo Fundo solicitaram ao Executivo o reajuste da tarifa dos ônibus urbanos à Prefeitura. Tradicionalmente, o reajuste é concedido nos primeiros meses do ano. A média de reajuste solicitado pelas empresas ficou em 16,23%. A empresa Coleurb solicitou R$ 3,48. A Codepas, R$ 3,45 e a Transpasso R$ 3,67. O reajuste vem em uma planilha, na qual as empresas especificam todos os chamados insumos, ou seja, os gastos que terão ao longo do ano com combustível, reparos nos veículos, reposição salarial, entre outros. De acordo com o secretário municipal de Transportes e Serviços Gerais, Cristiam Thans, o pedido será analisado pelo Conselho Municipal de Transportes nesta quinta-feira (12). Após a decisão do conselho, uma proposta será encaminhada para o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo. No ano passado, as empresas solicitaram um acréscimo de em média 11% e foi concedido 6%, aumentando de R$2,85 para R$3,00.
Aumento no preço do diesel
A Petrobras anunciou, na semana passada, um aumento de 6,1% no preço do diesel nas refinarias. O novo valor já vale desde a última sexta-feira (6). Segundo a estatal, não haverá reflexos no preço da gasolina. De acordo com a empresa, se o reajuste for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 3,8% ou cerca de R$ 0,12 por litro, em média, nas bombas. No entanto, de acordo com a Petrobras, o impacto no preço depende de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores. A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade”, informou a companhia.
Impacto no frete
O aumento do preço do diesel impactará diretamente o custo operacional do transporte rodoviário de cargas. Com base na estimativa de aumento da Petrobras (R$0,12), estudo da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) aponta que o frete pode subir cerca de 1,1%. O cálculo considerou o consumo de combustível de um caminhão trator 4x2 tracionando carreta furgão de três eixos, com capacidade para 26,2 toneladas de carga.
A previsão é que o custo tenha um aumento médio de 0,85% a 1,1%, variando conforme a distância, explica Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística. Isso porque, dependendo o tipo de operação, o gasto com combustível representa de 15% a 40% do custo do transporte. O menor índice é para fretes urbanos ou em rotas curtas. Já no transporte rodoviário, como para o agronegócio, em que são utilizados veículos pesados com grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40%.
Combustíveis mais caros
Em um ano, o litro do diesel ficou aproximadamente R$ 0,05 mais caro. Em janeiro de 2016, o preço médio do diesel comum foi de R$ 3 e o do S-10 foi de R$ 3,14, segundo dados da ANP. Na primeira semana de 2017, o litro do diesel comum ficou, na média, em R$ 3,04 e o do S-10, em R$ 3,19. A gasolina passou de R$ 3,67 para R$ 3,76. Já o etanol aumentou de R$ 2,71 para R$ 2,86.