Dom Rodolfo há um ano à frente da Arquidiocese

O arcebispo fala de sua missão, desafios e planos de evangelização

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Presença de jovens na igreja, segundo Dom Rodolfo, ocorre de várias formasPresença de jovens na igreja, segundo Dom Rodolfo, ocorre de várias formas
Presença de jovens na igreja, segundo Dom Rodolfo, ocorre de várias formas
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Foi no dia 24 de janeiro de 2016 que a Arquidiocese de Passo Fundo acolheu, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, dom Rodolfo Luís Weber: nomeado, ainda em dezembro, pelo papa Francisco, o arcebispo mais jovem do Brasil foi transferido da Prelazia de Cristalândia, no Tocantins, para assumir a missão de guiar as 53 paróquias da Arquidiocese. Um ano depois de sua posse, dom Rodolfo avalia o período, fala dos desafios e alegrias encontrados no caminho e ressalta que, acima de qualquer coisa, é a mensagem de Jesus Cristo que deve permanecer. “A fidelidade a Cristo e ao seu projeto de construção do Reino de Deus é o norte da evangelização”, comenta.

O acerbispo esclarece que seu plano sempre foi assumir a missão dando o melhor de si. “Não fui eu que escolhi vir aqui, mas, no momento que a Igreja me enviou, este se tornou o meu lugar”, analisa. Logo ao chegar em solo passo-fundense, o desafio foi o de conhecer as paróquias e instituições vinculadas. “Oprimeiro desafio, para mim, foi conhecer a realidade da Arquidiocese. Quando assumi recebi muitas informações que abriram caminhos, indicaram interpretações, apontaram aspectos positivos e negativos. Mas creio que para conhecer bem uma realidade e depois tomar decisões, é preciso a proximidade e a convivência. Procurei fazer isto participando, o máximo possível, em todos os espaços solicitados. Depois de tudo que vi, ouvi e convivi posso dizer que já não me sinto como alguém que fala de fora. Desafios temos e são muitos, mas esta é a razão da existência da Igreja”, afirma.

Após a acolhida, os atuais desafios, na visão do arcebispo, que a igreja enfrenta são muitos e alguns estão ligados à evangelização. “Os desafios são muitos e as respostas não dependem apenas de iniciativas por parte da Igreja. O primeiro desafio nasce de pessoa a qual é apresentado Jesus Cristo. Ela pode crer, aceitar Jesus e a Igreja ou não. Existem os desafios externos à Igreja: perseguição religiosa, críticas infundadas com o objetivo de desvalorizar a religião e a Igreja, valores materialistas, secularismo, etc. Mas, também, existem os problemas internos da igreja: falta de missionariedade, acomodação, pouco atualização dos agentes para responder à mudança de época; falta de testemunho, etc. A fidelidade a Cristo e ao seu projeto de construção do Reino de Deus é o norte da evangelização”, conclui Weber.

17º Plano de Pastoral
A Arquidiocese vive um momento de concretização do 17º Plano de Pastoral, que é fruto de oração, estudo, reuniões, assembleia, discernimento e opções. Temos no plano um rumo da ação evangelizadora para todas as comunidades, pastorais e agentes de pastoral, conforme o arcebispo. Em dezembro de 2015, a assembleia da Arquidiocese elegeu cinco urgências: mma Igreja em saída; Igreja: casa da iniciação à vida cristã; discipulado missionário centrado na Palavra de Deus; revitalização das pequenas comunidades em vista da nova paróquia: comunidade de comunidades;
igreja profética e misericordiosa a serviço da vida. “Durante o ano, as áreas pastorais e as paróquias foram estudando, aprofundando o plano e fazendo as suas opções. Para que o plano se realize ele precisa do envolvimento das paróquias, das áreas pastorais e de ações arquidiocesanas”, explica.

A juventude
A juventude da Arquidiocese é bastante expressiva. Segundo Weber, a presença dos jovens na igreja ocorre de diversas maneiras. “Não podemos reduzir a participação deles apenas pela pertença e participação em algum grupo de jovens ou participação em pastorais, movimentos ou grupos. Certamente a maioria não está vinculada a nenhum grupo e, nem por isso, o jovem deixa de ser membro vivo da Igreja. Todos precisam cultivar o batismo católico que receberam e por isso a pertença à comunidade é fundamental para perseverar e aprofundar a fé. Percebo que a juventude na Arquidiocese tem um grande entusiasmo, um desejo de seguir Jesus Cristo e consequentemente tem um grande potencial evangelizador”, enfatiza o arcebispo.

Igreja em saída
O papa Francisco defende a logotipo “Igreja em saída”, que concerne em “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”, conforme a primeira exortação apostólica de Francisco. Ao ser questionado sobre como promover uma “Igreja em saída”, no atual contexto social, dom Rodolfo cita que o papa está lembrando do mandato de Jesus: Ide pelo mundo e levai o Evangelho a todas as criaturas. “A Igreja sempre fez isto, por isso nós cremos. Conhecemos Jesus Cristo e somos membros da Igreja porque alguém veio ao nosso encontro. A provocação de sermos Igreja em saída é a provocação de que não podemos nos acomodar, já que é uma tendência humana. Acomodar-se é perder vigor e alegria. É fazer da missão evangelizadora da Igreja um peso e não uma fonte de bênçãos. Quem se acomoda já está indo para trás. Ser uma Igreja em saída é avaliar, planejar e preparar bem todas as ações evangelizadoras. É assumir o plano de pastoral e as orientações do papa”, finaliza.

 

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