Grupo de apoio debate perda e manutenção do peso

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Encontro reuniu pacientes do Ambulatório Qualidade de Vida nessa terça-feiraEncontro reuniu pacientes do Ambulatório Qualidade de Vida nessa terça-feira
Encontro reuniu pacientes do Ambulatório Qualidade de Vida nessa terça-feira
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Pelo menos 95% das pessoas que fazem algum tipo de tratamento para perda de peso atingem seu objetivo, mas apenas 5% conseguem manter esse peso no período de cinco anos. A afirmação é da médica Débora Falk Lopez Busato, que atua no Ambulatório Qualidade de Vida da Prefeitura de Passo Fundo. De acordo com ela, muito da obesidade está na questão emocional das pessoas, porque algumas comem por compulsão ou como uma forma inconsciente de recompensa para situações estressantes.

Estes e outros temas relacionados à obesidade foram apresentados e debatidos no encontro do grupo que está em atendimento no Ambulatório realizado nessa terça-feira (7) à tarde na Câmara de Vereadores. Durante a reunião, alguns integrantes do grupo, ainda em espera pela cirurgia bariátrica, relataram melhora em problemas de saúde com a perda parcial de peso, mesmo que ainda não tenham chegado ao objetivo final. Um deles, que perdeu nove quilos, contou que as dores que sentia constantemente no joelho já não são mais problema, por exemplo. Outro falou sobre a perda de peso que conseguiu evitando comer doces e tomar refrigerantes. “É importante que as pessoas relatem isso, porque quem ainda não conseguiu consegue ver que também pode conseguir”, destaca a médica.

Os encontros, que acontecem periodicamente, são parte integrante do atendimento prestado a esse público e funcionam como forma de manter as pessoas focadas na melhoria da qualidade de vida, mesmo que este processo seja demorado. Reiterando que obesidade é doença, Débora lembrou aos pacientes que uma perda de 10% em uma pessoa com obesidade grave já pode eliminar alguns agravantes, diminuindo as chances de alguma complicação.

Círculo vicioso
A médica lembrou que, para muitos, o problema não está em “fechar a boca” ou no estômago e sim na cabeça. “A 'ansiedade' que muitas pessoas chamam, pode levá-las a comer por compulsão”, o que, segundo ela, é mais emocional que comportamental. “O que acontece às vezes é que a pessoa acaba comendo demais. Isso faz com que a serotonina aumente e ela se sinta bem. Depois, vem a culpa por ter exagerado e a serotonina cai. Então, ela come mais para se sentir bem novamente. Em seguida vem a culpa de novo. E isso se torna um círculo”, esclarece.

Outro fator importante é que o que funciona como dieta para perda de peso para um não funciona para outro. Cada um tem uma história de vida diferente, além da diferença entre homens e mulheres. “As mulheres têm mais dificuldade de emagrecer e permanecer no peso porque o corpo delas têm mais gordura que músculos. Os homens têm mais músculos que gorduras, por isso emagrecem mais facilmente”, salienta.

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