Proposta sugere que Escola Aberta atenda em turno único

Atualmente a instituição opera em turno integral. Proposta da Seduc deverá ser entregue até o final da próxima semana para avaliação do Ministério Público

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A Escola Estadual de Ensino Fundamental de Passo Fundo, também conhecida como Escola Aberta, pode passar a operar em turno único. É o que sugere a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em proposta apresentada em reunião com órgãos públicos, na manhã da última sexta-feira (17), no Ministério Público.

De acordo com o professor e coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Santos Olavo Misturini, a proposta tem base no acompanhamento do desenvolvimento do espaço. Segundo ele, se teve o entendimento de que é necessário realizar algumas mudanças na metodologia de trabalho.

“A intenção não é fechar a escola, mas fazer com que lá seja um local onde a criança aprenda direitos e deveres e que esteja preparada para entrar em uma sociedade formal”, disse ele. “Se deixarmos nesta mesma metodologia – que vai quando quer e fica quanto tempo quiser – entendemos que se trata de qualquer outra coisa, menos inclusão”, completou. A ideia está sendo estudada e deverá ser apresentada ao Ministério Público até o final da próxima semana.

Pelo menos 39 crianças estão matriculadas na instituição, que tem 23 em frequência regular. A diferença da Escola Aberta de outras instituições se encontra com tratamento especializado para crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. “As crianças e adolescentes que estão ali estão em uma situação diferenciada do grande público.

Alguns estão em vulnerabilidade social, outros envolvidos em ato infracional, e situações que precisam de atendimento diferenciado”, explicou a promotora do Ministério Público, Ana Cristina Ferrareze. Segundo ela, a situação da escola vem sendo acompanhada pelo MP desde os anos 1990, já que sua existência envolve diversos projetos públicos e verbas federais, estaduais e municipais. O órgão público inclusive pode interferir na questão para que a escola siga funcionando dentro dos conformes. “A iniciativa não é da CRE, mas da SEDUC. Se não conseguirmos nenhum acordo entendido como algo razoável que a comunidade precisa, aí sim poderá haver uma ação judicial envolvida”, declarou Ana Cristina.

 

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