Magistério promete forte adesão

Servidores municipais e estaduais da educação paralisam atividades nesta quarta-feira (15), contra o projeto de reforma previdenciária

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Com adesão de mais de 90% do magistério municipal e estadual, a maioria das salas de aula deverão estar vazias nesta quarta-feiraCom adesão de mais de 90% do magistério municipal e estadual, a maioria das salas de aula deverão estar vazias nesta quarta-feira
Com adesão de mais de 90% do magistério municipal e estadual, a maioria das salas de aula deverão estar vazias nesta quarta-feira
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Professores estaduais e municipais de Passo Fundo devem aderir a manifestação nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) contra a reforma da previdência. O protesto terá participação de servidores de outras categorias. A movimentação no município vai começar na Praça do Teixeirinha a partir das 8h. Haverá ato público às 10h, que sairá em caminhada pela Avenida Brasil até o Banco do Brasil, posteriormente se dirigindo ao Banrisul e retornando à Praça do Teixeirinha. Na parte da tarde o magistério municipal, juntamente aos professores da rede estadual, realizarão uma aula pública na Praça do Teixeirinha a partir das 14h. 

A Central dos Professores do Estado do RS (Cpers/Sindicato) prevê adesão de mais de 95% em Passo Fundo, por isso não haverá aula na maioria das escolas da rede estadual, segundo a entidade. “Alguns professores das escolas Alberto Pasqualini e da Eulina Braga disseram que não iriam aderir e que as aulas serão normais, mas se vão trabalhar a gente não sabe porque a previsão é não ter aluno”, afirma o presidente do Cpers Orlando Marcelino.

Os educadores da rede municipal também vão paralisar. O CMP Sindicato está entre as entidades que deliberaram pelo protesto. Na última semana foi realizada uma reunião com os representantes das escolas, que deliberaram pela adesão ao dia de luta. Após a convocação do sindicato cerca de 90% das escolas sinalizam paralisar e compor as atividades organizadas na cidade para esse dia. A dirigente do CMP Sindicato, Regina Costa dos Santos, explica que a necessidade da categoria se somar à paralisação nacional se deve ao fato de serem diretamente atingidos pela Reforma Previdenciária sugerida pelo governo federal. “Esse projeto de lei acaba com a aposentadoria especial para o professor e tira qualquer projeção da carreira do magistério, estabelece idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e aposentarem e ainda exige contribuição de 49 anos para que o trabalhador possa receber o valor integral do salário. Além disso, desconsidera todo o desgaste e adoecimento ocasionado pelo desempenho da profissão”, esclareceu a professora.

Outros sindicatos

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos de Passo Fundo (Sindiurb) informou que estará presente, através da diretoria, no protesto durante o dia, mas que em um primeiro momento não vai chamar os trabalhadores para paralisar suas atividades. O presidente do Sindiurb, Miguel Valdir dos Santos Silva, informou que chamará paralisação apenas caso não haja segurança e condições dignas aos funcionários do transporte.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo, Tarciel da Silva, a pauta da reforma da previdência vem causando alvoroço na categoria. Até a terça-feira (14), a entidade não havia definido com os trabalhadores se iriam aderir a paralisação, mas garantiu que toda direção estará presente nos atos desta quarta-feira (15). “Vai chegar em um momento que vamos ter de radicalizar. Não ficar com medo de perder o emprego e ir para a rua para não perdermos todos os nossos direitos”,frisou Silva.

O Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul (Sintrajufe/RS) chamou os funcionários para paralisar nesta quarta-feira. De acordo com a representante local do sindicato, Adriana Fátima Junges, haverá adesão da categoria em Passo Fundo, mas não há como precisar a quantidade de servidores. O judiciário deverá protestar no turno da tarde, das 14 às 16h. O atendimento será prestado normalmente, apenas com menos servidores durante este período. O Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (Sindisprev) também convocou os servidores para aderir ao protesto. A redação de ON tentou contato com representantes de outras entidades sindicais mas não obteve retorno.

Greve do Cpers

O Cpers ainda chamou os educadores da rede estadual para uma greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira (16). As reivindicações são contra os governos estadual e federal. Em pauta, além da reforma na previdência, está o congelamento de investimento na educação, não pagamento do piso nacional e parcelamento dos salários. A categoria ainda é contra a reforma do ensino médio.

A orientação do coordenador da 7ª CRE, Santos Olavo Misturini, é de que cada um aja de acordo com suas ideologias. Misturini afirmou que a Coordenadoria Regional de Educação não irá interferir na manifestação.

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