Passo Fundo tem risco para epidemia de Dengue

A cada 100 casas, 5,5 tem a presença do mosquito Aedes Aegypti, segundo o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde

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Passo Fundo tem um alto risco para epidemia do mosquito transmissor da Dengue. O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) apontou um índice de infestação de 5,5. O que significa que a cada 100 casas visitadas, 5,5 têm a presença do mosquito. O estudo é divulgado pela Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Passo Fundo. Os três bairros que mais apresentaram a presença do Aedes são Lucas Araújo, Boqueirão e Centro.

A época ainda é propícia para o desenvolvimento de larvas e mosquitos Aedes Aegypti, transmissores da Dengue, Chikungunya e Zica Vírus. A chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, Ivânia Silvestrin, destaca que o índice apontado na LIRAa mostrou que 50% do resultado é devido à infestação em recipientes de pratos de plantas, barris e tonéis de água. “É um índice alto e que poderia ser evitado, principalmente porque os pratinhos de flores são algo fácil de resolver, por exemplo. Recomendamos que as pessoas não os utilizem. As bromélias são plantas que também tem incidência, então as pessoas devem cuidar. As orientações para barris e tonéis de água também são sempre feitas”, disse ela. 

Ivânia ressalta a importância de eliminar os criadouros de mosquito para que no próximo verão o índice não aumente. “Se as pessoas não colaborarem, temos uma iminência de ter epidemia no próximo verão”, finalizou. A principal ação para mudar este quadro é simples: não deixar água parada e eliminar ambientes que possam servir de criadouros. São em locais com água parada onde se encontra o ambiente propício para depositar ovos e desenvolver as larvas e mosquitos. Outra orientação é que a população permita que os agentes de Combate às Endemias acessem terrenos e residências para fazer a fiscalização. 

Sem casos confirmados

Apesar das notificações, não foi confirmado qualquer caso das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti na cidade. Dos 16 registrados, todos deram negativos. No ano passado, foram dois casos de dengue em Passo Fundo, que não evoluíram para uma epidemia devido ao trabalho da Vigilância Sanitária.

Para transmitir a Dengue ou outra doença, o mosquito precisa estar infectado. Os focos encontrados em Passo Fundo revelaram negativo para a presença dos vírus, mas Ivânia alertar que o dado é preocupante, pois se um mosquito estiver contaminado, começa a passar o vírus às pessoas e o caso pode se desenvolver para uma epidemia da doença. “Se a população não se engajar e manter água parada, a gente vai ter epidemia de Dengue nos próximos anos”, acrescenta. 

Metodologia

A equipe visitou aproximadamente 2,3 mil casas em Passo Fundo. A metodologia do levantamento sorteia quarteirões nos bairros, e são visitados 20% dos imóveis no quarteirão. “Para que a gente tenha uma amostragem da presença do mosquito nos bairros”, pontua Ivânia.

Bairros por ordem de classificação de risco

1° Lucas Araujo 

2° Boqueirão

3° Centro

4° São José

5° Annes

6° Planaltina

7° Petrópolis e Nene Graeff

8° São Cristóvão e Integração

9° Roselandia São Luiz Gonzaga

10° Cruzeiro e Vila Luiza

11° Rodrigues, Santa Marta, Zacchia, Vitor Isler, Vila Mattos e Vera Cruz

12° Morada Além do Horizonte e Santa Maria

 

 

 

 

 

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