Na tradição Cristã, a Páscoa é um tempo de renovação. O coelho é um dos principais símbolos desta data e representa a fertilidade e a esperança de vida. Nesta semana, ações realizadas no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e no Hospital da Cidade (HC) levaram um pouco de alegria, conforto e esperança a crianças e adultos que estão hospitalizadas ou em tratamento. A solidariedade foi o ponto chave de dois momentos tocantes nestas instituições.
No HSVP, as crianças internadas na Pediatria receberam uma surpresa especial. A Residência Multiprofissional Integrada, projeto desenvolvido pelo HSVP em parceria com a Universidade de Passo Fundo e Prefeitura de Passo Fundo, dentro do projeto da Terapia Assistida por Animais (TAA) ou Pet Terapia, levou ao hospital um coelho que participou da sessão de TAA.
A ideia surgiu dos residentes do HSVP e dos residentes da Residência Profissional Integrada em Medicina Veterinária, parceiros do projeto da Pet Terapia e tem como objetivo alegrar as crianças com a presença do coelho nesta época de Páscoa. Sophie, a coelha que participou da ação, foi avaliada pelos profissionais e a visita seguiu o protocolo que já é realizado com os cães. A seleção e preparo dos animais é feita pelos residentes da Medicina Veterinária da UPF. Os animais são selecionados de acordo com seu perfil, se aceitam e gostam de carinho de pessoas estranhas e se sentem prazer em trabalhar ajudando o próximo.
A visita do coelho foi aprovada e isso ficou aparente no rosto das crianças. De início tímidas e com receio, mas que logo foram se soltando e curtindo a presença do pet. Rejane da Luz, mãe da Nicole da Luz Varella, três anos, de Paim Filho, ficou surpresa com a reação da filha. Internada há um mês, a mãe relata que a experiência foi um momento de descontração para as duas. “Temos coelho em casa, mas ela tem medo e não quer pegar, mas aqui ela passou a mão e brincou. Gostei muito da iniciativa porque a gente se distrai, eles se divertem e ameniza um pouco o fato de estarmos no hospital”, destaca a mãe.
Solidariedade
No HC, Ana Lucia Melle, 50 anos, é paciente da oncologia e há dois anos está em tratamento. A rotina de idas ao Hospital para as sessões de quimioterapia, realizadas a cada 21 dias, a fizeram perceber que muitas das pessoas em tratamento passam por situações muito difíceis. Hoje, em um intervalo das sessões, ela acredita que o apoio é fundamental para as pessoas que hoje estão em uma situação ainda complicada. Como forma de se solidarizar e levar alegria a elas, confeccionou 100 coelhinhos de tecido e os encheu de chocolates para doar àqueles que estão no hospital.
Acompanhada do filho Yuly, ela entregou pessoalmente os presentes na manhã de ontem. Além de alegrar o dia daqueles que receberam o coelhinho, ela acredita que a ação pode servir de exemplo para que outras pessoas também se envolvam. “A gente só se sensibiliza quando vê a necessidade do outro”, pontua. O objetivo é colaborar ainda de outras formas com as pessoas que estão internadas no hospital.