Sindicatos preparam greve geral nesta sexta-feira

Em Passo Fundo, professores, bancários e metalúrgicos são algumas das categorias que prometem aderir ao ato contra as reformas propostas pelo governo

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Uma nova plenária acontece nesta quarta para acertar detalhes da mobilizaçãoUma nova plenária acontece nesta quarta para acertar detalhes da mobilização
Uma nova plenária acontece nesta quarta para acertar detalhes da mobilização
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Convocada pelas principais centrais sindicais de todo o Brasil, uma greve geral marcada para esta sexta-feira (28) promete paralisar o país. O ato visa mostrar o poder e a força da classe trabalhadora, que se sente ameaçada pela Lei de Terceirização, a reforma trabalhista e a reforma da Previdência, propostas pelo governo do presidente Michel Temer. Em Passo Fundo e cidades da região, comitês formados por membros de sindicatos e movimentos sociais estão organizando a greve.

Metalúrgicos, professores das redes pública e privada, bancários, servidores municipais e comerciários são algumas das categorias que prometem aderir em peso à greve geral do município. Funcionários do transporte coletivo, das empresas Codepas, Coleurb e Transpasso, devem realizar assembleia entre quinta e sexta-feira para decidir se aderem ou não à paralisação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo e Região (SEC-PF) e membro do comitê organizador da manifestação, Tarciel Silva, reuniões ainda estão sendo realizadas para planejar o encaminhamento de diversos atos. “Na quinta-feira, distribuiremos panfletos no centro da cidade, para criar o clima da greve geral, e iremos às portas das garagens de ônibus, das fábricas, do comércio, para fazermos assembleias e colocarmos a greve em votação”.

Ainda de acordo com Tarciel, a expectativa é de que a greve seja histórica, com forte adesão da população em todos os municípios do país. Para ele, as reformas e a terceirização são ataques diretos e sem critérios aos trabalhadores. “Independente de partido, quem está sofrendo é a classe trabalhadora. Essa questão da aposentadoria não afeta somente os trabalhadores de agora, mas também nossos filhos e netos. Queremos mandar um recado de que nós iremos lutar. A ideia é que a classe trabalhadora sinta o poder que ela tem e comece a tomar suas decisões”.

Educação

Quanto à participação dos trabalhadores em educação, o diretor do 7° Núcleo do Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), professor Orlando Marcelino, prevê adesão total. Segundo ele, o Sindicato se prepara para a greve desde o início de março, e está participando de atividades em toda a região. “As escolas também já estão se organizando neste sentido, discutindo os materiais que serão distribuídos, como cartilhas e outros materiais explicativos. Para finalizar, faremos no início da tarde dessa quarta-feira, no Sindicato, uma plenária pra dar os últimos encaminhamentos para a construção da greve geral. A maioria das escolas já anunciou que irá participar, então agora é só aguardar a adesão às atividades”.

Por volta das 8h30min desta sexta-feira, professores e estudantes em conjunto com sindicatos, devem se reunir na Praça do Teixeirinha, dando início à greve. De acordo com o diretor, os educadores pretendem participar dos atos que acontecerão ao longo da Avenida Brasil, como o fechamento do comércio e da via. No período da tarde, mais uma vez reunidos na Praça do Teixeirinha, aulas públicas serão ministradas para explicar as principais modificações desencadeadas pelas reformas e as consequências da terceirização. “Em outros municípios, a orientação é para que as escolas se integrem às atividades. Vários municípios estão se organizando com os agricultores, com fechamento de estradas, de trevos, e atos públicos, assim garantindo a totalidade da paralisação no país”.

Agências bancárias

De acordo com o presidente do Sindicato de Bancários de Passo Fundo e Região, Dário Delavy, os bancários já estão assinando pela adesão à greve em praticamente todas as agências bancárias do centro, que deverão estar fechadas na sexta-feira, além de outras agências e departamentos localizados em outros bairros do município. “É dia de dizer para esse governo – que está atolado em corrupção desde o presidente e seus ministérios, e no Congresso Nacional que também não é diferente, todos com nome na Lava Jato – que eles não podem mexer com nosso futuro, com o futuro dos nossos filhos, e acabar com todas as nossas relações de trabalho e com nossa possibilidade de aposentadoria. Nós vamos dar um basta e realizar a greve”. 

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