Falta de professores na rede estadual

Desde o início do ano letivo, escolas de Passo Fundo enfrentam dificuldades em cumprir a carga horária devido à falta de profissionais; a 7ª Coordenadoria Regional de Educação garante que professores temporários já estão sendo convocados

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Quase dois meses depois do início do período letivo na rede estadual, alunos de quatro turmas da Escola Estadual de Ensino Fundamental Coronel Gervásio Lucas Annes permanecem sem aulas de Matemática, devido à falta de professores. De acordo com o diretor do educandário, Carlos Serraglio, a direção entra em contato semanalmente com a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ª CRE), mas continua sem previsão de quando novos profissionais serão direcionados à escola. “Essa professora que está faltando está de laudo por problemas pessoais, então desde o início do ano nós precisamos de alguém que a substitua temporariamente. Como se passaram alguns meses, nós alertamos o pessoal da Coordenadoria, mas a resposta é que eles não têm professor para mandar no momento”.

A situação não é exclusividade da escola Gervásio Lucas Annes. Nos 32 munícipios abrangidos pela 7ª CRE, o ano letivo iniciou com a falta de 78 professores, sendo cerca de 30 destes somente em Passo Fundo. Verônica Zanandrea, coordenadora adjunta da 7ª CRE, explica que, antes de cada ano, a coordenadoria organiza as necessidades das escolas com base na previsão de quantas aposentadorias ou afastamentos por licença-prêmio serão solicitados naquele ano, estimando assim quantos professores precisarão ser contratados para substituí-los. “Esses são afastamentos previsíveis, mas ainda ocorre que, no percurso, algumas pessoas por um motivo ou outro se exoneram, se afastam por problemas de saúde... São necessidades que surgem e nós não temos previsão”.

As necessidades de substituição geradas pelos afastamentos são supridas por meio de contratação temporária de professores, que estava impedida de acontecer devido ao atraso na liberação destas contratações, que necessitavam de aprovação na Assembleia Legislativa. A contratação emergencial de docentes foi aprovada somente na metade de abril; a 7ª CRE garante que, desde então, vem convocando novos profissionais. “Grande parte dos convocados já estão se apresentando para assumir o cargo. Dos 78 em falta, nós tínhamos banco de contratações para História e currículo por atividade, e destes, 21 já assumiram. Depois, nós tivemos necessidades na área de Artes, Educação Física, Geografia, Inglês, Português, Matemática, Química, Biologia e Física. Para estas disciplinas, os professores estão sendo contratados através dos contratos temporários emergenciais”. A previsão, então, é que ao longo deste mês os 57 professores que ainda estão em falta, sejam finalmente contratados.

Recuperação das aulas

A grande maioria das escolas que apresentam ausência de professores tem antecipado a carga horária dos professores disponíveis. No momento que outros docentes assumirem, para ministrar as disciplinas que até então estão desfalcadas, os professores com disciplinas adiantadas passarão seus horários para os novos professores. Assim, a carga horária para cada disciplina pode ser cumprida até o dia 22 de dezembro, quando o ano letivo deve ser encerrado.

Gostou? Compartilhe