Passo Fundo deve ser um dos primeiros municípios do interior do Rio Grande do Sul a contar com drones no monitoramento de eventos e de áreas comerciais. Os dois equipamentos foram entregues nesta manhã à Brigada Militar pela Delegacia Regional da Receita Federal. Apreendidos em operações de combate ao contrabando, os drones possuem sistema de câmera de alta definição integrado e estão avaliados em cerca de R$ 10 mil cada um.
De acordo com o comandante da Brigada Militar, Jair Euclésio Ely, os drones serão importantes ferramentas para as ações da Brigada Militar de Passo Fundo. Um deles será utilizado pelo 3º Regimento de Polícia Montada (3º RPMon) para o monitoramento da área central e de eventos. O outro será utilizado pelo Pelotão de Operações Especiais (POE) que atua em toda a região. As imagens captadas pelos equipamentos serão integradas ao sistema de videomonitoramento já existente no município.
No Estado, em Porto Alegre já há algumas experiências com o uso de drones, no entanto, no interior Passo Fundo será pioneiro na utilização do equipamento.
Parceria com órgãos de segurança
O delegado da Receita Federal Leandro Tessaro Ramos explica que os drones foram apreendidos no ano passado em ações da Receita para combater contrabandos e são originários do Paraguai. No total, foram apreendidos três equipamentos. Um deles foi entregue à Polícia Federal e os outros dois à Brigada. Esse tipo de doação faz parte de uma política institucional da Receita Federal para prestigiar órgãos de segurança locais. Frequentemente a Receita Federal faz doações de equipamentos de informática apreendidos em operações aos órgãos de segurança.
Regulamentação
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou na terça-feira a regulamentação para a operação civil de aeronaves remotamente pilotadas, também chamadas de drones. Pelo regulamento, os equipamentos não poderão ser usados em uma distância menor que 30 metros horizontais de pessoas que não deram autorização, com exceção de operações de segurança pública ou defesa civil.
A regra praticamente inviabiliza o uso dos equipamentos para sobrevoar cidades, inclusive para o registro de imagens em shows, jogos de futebol e manifestações. De acordo com o superintendente de Aeronavegabilidade da Anac, Roberto Honorato, a restrição foi adotada para garantir a segurança das pessoas.