Projeto Rio Passo Fundo

Expedição percorre nascentes e barragem

Por
· 1 min de leitura
Objetivo foi observar a mata, o rio e o ambiente para coletar o máximo de informações históricas e ambientaisObjetivo foi observar a mata, o rio e o ambiente para coletar o máximo de informações históricas e ambientais
Objetivo foi observar a mata, o rio e o ambiente para coletar o máximo de informações históricas e ambientais
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Em busca de vestígios ambientais e históricos, o Projeto Rio Passo Fundo, desenvolvido pelo Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), apoiado pelo Museu Histórico Regional (MHR) e pelo Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), com a presença de diferentes entidades, realizou, no último sábado, 6, uma expedição piloto pelas nascentes e barragem do Rio Passo Fundo. Com o acompanhamento da Companhia Ambiental e Comitê Rio Passo Fundo, a atividade foi guiada pelo Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas – GESP, que, além de percorrer trilhas pela mata que acompanha a extensão do Rio Passo Fundo proporcionou, também, que o grupo pudesse realizar a expedição dentro da barragem de captação de água, através do barco do Projeto Navegar.

Patrimônio ambiental e histórico
Divididos em quatro grupos, os participantes percorreram, por terra, o espaço conhecido como Povinho Velho, as nascentes do Rio Passo Fundo, o território da Barragem da Fazenda da Brigada e do Parque Wolmar Salton e a sede da Fazenda da Brigada. Apesar dos grupos distintos, o objetivo foi um só: observar a mata, o rio e o ambiente para coletar o máximo de informações históricas e ambientais sobre o espaço e sobre o rio. A atividade foi um experimento para o Projeto Rio Passo Fundo que terá início ainda neste mês de maio e irá realizar, em toda a extensão da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo, cinco expedições que percorrerão partes representativas do Rio em busca de dados, sejam relacionados à água, à flora e à fauna, como, também, relacionados à sociedade, coletados de forma vivencial, teórica ou oral.

Ainda que de forma experimental, a atividade proporcionou aos participantes um encontro com a história do Rio que, antes mesmo da cidade se instalar, foi abrigo de índios, levou tropeiros por caminhos recém abertos, serviu de alimento, abrigo e passagem para aqueles que viram no Planalto um caminho fácil para as feiras de Sorocaba e Minas Gerais: por aqui passavam o gado, o couro, o sebo e parte da gente que desbravava o país no início do século XIX. Antes de Passo Fundo nascer, o Rio, que dá nome ao município, já aguardava a chegada da cidade e presenciava, de perto, a região ser uma importante ligação do estado com o centro do Brasil. O Rio Passo Fundo testemunhou a história: viu chegar os índios Caigangues e TupiGuaranis, passar o tropeiro paulista, o imigrante, o comércio e a indústria. O projeto busca, agora, resgatar essas origens e reapresentar o Rio à população.

Gostou? Compartilhe