Empresa mantém operação administrativa

Vereadores visitaram a fábrica de guindastes que mantém em Passo Fundo atividades administrativa e de manutenção

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Vereadores foram recebidos pelos representantes da direção da empresaVereadores foram recebidos pelos representantes da direção da empresa
Vereadores foram recebidos pelos representantes da direção da empresa
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Apesar da suspensão da operação industrial, na unidade de Passo Fundo, no ano passado, a Manitowoc continua realizando a venda de peças e serviços. A informação foi repassada pelo controller na América Latina, Fábio Costa, acompanhado do advogado da empresa Osmar Teixeira, ao grupo de vereadores que visitou a sede da empresa, na sexta-feira.

Ele lembrou que apesar de dolorosa para a empresa e para toda a cidade, a suspensão foi necessária devido às condições desfavoráveis de mercado, juntamente com outros fatores políticos, sociais e econômicos, que diminuiu a demanda dos produtos. Ele informou que no período de funcionamento da fábrica (2012 a 2016) a empresa investiu R$ 100 milhões na unidade de Passo Fundo. Hoje ela mantém 12 colaboradores. Ao total a empresa pagou, até 2016, cerca de R$ 11 milhões de impostos, sendo que destes, R$ 3 milhões foram revertidos ao município. Ela precisa quitar, ainda, o montante de 28 milhões em debito com o Badesul, oriundos do financiamento para a construção. Durante a visita às dependências, Costa salientou que empresa tem mantido a estrutura e a manutenção em equipamentos, investindo R$ 1 milhão no ano, sem contar os salários e benefícios dos funcionários. Isso porque a intenção é voltar a produção assim que o mercado retomar o crescimento.

A reunião, solicitada pelo presidente Patric Cavalcanti (DEM), objetivava avaliar e ouvir da empresa um posicionamento sobre a sua permanência na cidade. Patric ressaltou que a Casa quer colaborar com a empresa, mas que também precisa discutir as ações que sejam benéficas para a cidade, por isso, a preocupação em entender o posicionamento da indústria. “Nós queremos provocar a empresa para que nos dê um parecer sobre o que está pensando para o futuro. Obviamente que não queremos perder a permanência da empresa, seus investimentos, a renda e os empregos que ainda podem ser gerados no município, mas também não podemos nos furtar de lutar para que o município não seja prejudicado”, disse. Na época da concessão, o município cedeu uma área de 45 hectares, sendo que destes somente 18 estão sendo ocupados. “Eu entrei com um processo para a retomada da área porque entendo que ela não está sendo utilizada do modo como deveria, sendo que muitas obrigações deixaram de ser realizadas, e que, este local, poderia beneficiar outras empresas. Obviamente que verificamos nesta visita que a indústria está cuidando do empreendimento com vistas a uma possível retomada das atividades. Mas esperamos que ela mantenha um diálogo com o Executivo para a devolução da área parcial ou integral caso não haja a retomada dos serviços. O que não podemos aceitar é o município ficar à mercê da decisão unilateral da empresa arcando com o prejuízo pelos investimentos já realizados. É nosso papel cuidar dos bens públicos, e, consequentemente dos interesses de nossa comunidade”, disse.

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