O Centro de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade de Passo Fundo (Cepeac/Feac/UPF) divulgou os resultados da pesquisa sobre o custo da cesta básica no mês de abril em Passo Fundo. A pesquisa mostra que o custo dos produtos que compõem a cesta básica de uma família típica passo-fundense apresentou uma queda de 0,16% no mês de abril de 2017, quando comparado com os preços médios praticados no mês de março de 2017. No mês de março, foram necessários R$ 807,35 para a aquisição da cesta, ao passo que, em abril, o custo foi de R$ 806,09, o que representa uma queda de R$ 1,26 por cesta.
Entre os produtos que acumularam maiores altas de preço no mês, estão a batata-inglesa, a cenoura e a banana, com aumentos de 20,00%, 14,67% e 10,80%, respectivamente. Já os produtos de maior queda foram o arroz, o mamão e a maçã, com preços reduzidos em 8,88%, 8,71% e 8,41%, respectivamente.
Dos produtos pesquisados, entre os dez itens que obtiveram maior alta de preços, seis pertencem ao grupo da alimentação, três ao grupo de higiene pessoal e um ao grupo de limpeza doméstica. Entre os dez itens que apresentaram maior queda em seus preços, dez pertencem ao grupo da alimentação. Dos 42 produtos que compõem a cesta básica passo-fundense, pode-se observar que 23 sofreram aumento de preços e 19 tiveram seus preços reduzidos. Observa-se também que, dos 31 produtos que compõem a cesta de alimentação, 14 tiveram aumento de preços e 17 apresentaram redução de preços. Deve-se considerar que a influência dos preços de cada produto na composição do índice depende de sua participação/peso na distribuição dos gastos de cada família. Assim, quando varia o preço de um produto de grande consumo pelas famílias, os índices tendem a variar proporcionalmente.
Analisando o subgrupo alimentação, que representa o maior peso da cesta básica, percebe-se que foram necessários 0,80 salários mínimos para a aquisição desses produtos, que passaram de R$ 709,79 em março, para R$ 706,86 em abril, apresentando variação negativa de 0,41%, ou seja, uma queda de R$ 2,93 por cesta. O subgrupo da alimentação teve uma queda entre os meses de abril de 2016 a abril de 2017 de 1,90%, passando de R$ 720,53 em abril de 2016 para R$ 706,86 em abril de 2017, ou seja, uma queda de R$ 13,67.
Poder de compra
Ao compararmos com o mês de abril de 2016, quando se necessitava de 0,92 salários mínimos para a aquisição da cesta, pode-se verificar que a população teve uma estagnação em seu poder de compra no período de um ano. É importante ressaltar que a cesta em questão é composta apenas por produtos do grupo alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica.
Intenção de consumo tem alta
A intenção de Consumo das Famílias aumentou 11,1% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esta foi a terceira variação positiva consecutiva do indicador, o que representa a maior evolução dele desde 2012. Na comparação com abril, entretanto, o indicador apurado pela CNC teve queda de 0,2%. Segundo a entidade, a melhora na expectativa de consumo das famílias se deve, principalmente, à desaceleração da inflação e à queda de juros. A liberação de recursos de contas inativas do FGTS também teria contribuído para elevar a intenção de consumo. Maior segurança com o emprego Outro indicador apurado pela CNC que teve melhora na comparação com maio do ano passado é o que se refere ao emprego atual. Segundo a pesquisa, houve aumento de 8,4% na sensação de segurança quanto ao emprego. Na comparação com abril, o indicador teve queda de 0,1%. Em relação ao mercado de trabalho futuro, no entanto, as famílias se mostram mais preocupadas que no ano passado. O indicador teve alta de 6,3% na comparação com maio de 2016. Na comparação com abril, porém, registrou queda de 1,6%. Consumo menor A CNC destacou, ainda, que o nível de consumo atual teve variação positiva tanto na comparação anual quanto na mensal – respectivamente 16,6% e 1,9%. Todavia, a maior parte das famílias ouvidas pela entidade declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.