Corte no orçamento é de quase R$ 600 mil

Decisão do governo ameaça manutenção de diversas atividades no Instituto

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Se 2016 já não havia sido um ano fácil, os prognósticos de 2017 apresentam muitas dificuldades aos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia. Para falar sobre a conjuntura financeira e da educação no país, a direção-geral do Campus Sertão do Instituto Federal do Rio Grande do Sul fez uma rodada de reuniões com os estudantes e com os servidores da Instituição entre os dias 23 e 24 de maio.

O assunto das reuniões foi o contingenciamento de recursos estabelecido pela portaria nº 28 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), que fixa limite de gastos nos órgãos do Governo Federal.O diretor-geral Odair José Spenthof explicou que o corte para o Campus Sertão chega a R$ 577.247,00 e envolve a contratação de serviços de vigilância, limpeza e conservação, transporte, diárias, estagiários, serviços de telecomunicação e locação de máquinas e equipamentos. Em todo âmbito do IFRS, os cortes chegam a R$ 5.459.172,00.

Spenthof lamentou a necessidade de adaptação à nova realidade orçamentária, comentando que o corte vai prejudicar a manutenção de diversas atividades no Campus, como os serviços de limpeza, vigilância, aquisição de insumos e realização de viagens técnicas. “Voltamos ao mesmo orçamento do ano de 2011, só que com o triplo do número alunos”, enfatizou.

Ele lembrou que em 2016 o Campus Sertão já havia colocado em prática um plano de contingenciamento visando atingir o princípio de economicidade, reduzindo consideravelmente as despesas e que não têm condições de reduzir mais R$ 577.247,00 sem comprometer o andamento normal das atividades. Também pediu a colaboração e a compreensão da comunidade acadêmica diante das dificuldades enfrentadas.

Preocupado com a situação, um grupo de estudantes e servidores do Campus procurou a direção-geral e uma reunião aconteceu no início da tarde de quarta-feira, dia 24 de maio. A ideia do grupo é promover a conscientização dos demais estudantes e servidores sobre os cortes no orçamento e se mobilizar contra a portaria nº 28 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG). Para os próximos dias, o grupo planeja diversas ações que serão discutidas anteriormente com a comunidade acadêmica. 

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