Farmácia Popular deve fechar até metade de junho

Com medicamentos em falta, rede pública de farmácias não chegava a atender cinco pessoas por dia. De acordo com Prefeitura, população não ficará desassistida

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Dos 50 tipos de medicamentos diferentes antes disponíveis na unidade, pelo menos metade está em faltaDos 50 tipos de medicamentos diferentes antes disponíveis na unidade, pelo menos metade está em falta
Dos 50 tipos de medicamentos diferentes antes disponíveis na unidade, pelo menos metade está em falta
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Até a metade do mês que vem, a unidade da Farmácia Popular do Brasil, localizada na Rua Fagundes dos Reis, deve fechar em Passo Fundo. A decisão foi comunicada pelo Ministério da Saúde ainda na semana passada, através do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), que disse ter planos de ampliar o repasse de recursos para estados e municípios. Com a utilização de recursos federais, a rede distribuía medicamentos gratuitos e/ou com até 90% de desconto. Ainda assim, seu percentual de atendimento vinha sendo baixo nos últimos anos. A rede nasceu com o intuito de distribuir medicamentos pelo SUS no início dos anos 2000, mas que logo  passaram a ser disponibilizados nas farmácias privadas. Desta forma, o atendimento caiu, bem como o repasse do governo. “Recebemos R$ 12,5 mil do governo federal, que vai para despesas de expediente do local [aluguel, luz, água, recursos humanos, etc]. No último mês, o repasse foi cortado. Como já recebíamos pouco medicamento, nosso atendimento não passava de cinco pessoas por dia”, explica a coordenadora de assistência farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde, Débora Taufer. Dos 50 tipos de medicamentos diferentes antes disponíveis na unidade, hoje apenas metade está em estoque para fornecimento ao público.

Além disso, os medicamentos enviados pelo governo federal contavam com um teto de frascos/comprimidos. “Muitas vezes solicitávamos 500 comprimidos e só nos mandavam 80. Mesmo argumentando que Passo Fundo é um município de grande porte, tínhamos que respeitar este limite. Assim, muitas pessoas acabavam ficando desassistidas, o que ajudou para reduzir a procura pela farmácia”, completou ela. Outro fator que implicou nesta redução foi na distribuição gratuita dos mesmos medicamentos em redes privadas e na rede municipal de saúde. “Hoje temos um atendimento muito pequeno. Tem vezes que atendemos uma ou duas pessoas por dia. Como tem esta distribuição em outros lugares, a Farmácia Popular deixou de ser o grande foco”, explica a farmacêutica. Os remédios em questão distribuídos pelo SUS tratam principalmente de diabetes, asma, hipertensão, entre outros. Este atendimento será mantido.

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