O caminho que um táxi fizer da Praça Ernesto Tochetto até a casa de festas Gran Palazzo poderá ter o custo único de R$ 50. É o que sugere uma indicação já protocolada na Câmara de Vereadores pelo presidente da Casa, Patric Cavalcanti (DEM). De acordo com a matéria, o valor corresponderia ao gasto com trânsito normal – sem interrupções ou com maior fluidez que de costume – entre os dois pontos da cidade. De acordo com o vereador, o valor equivale ao preço da viagem conforme taxa cobrada pelo taxímetro. “Nossa sugestão é sempre solicitar ao taxista que o taxímetro seja ligado, porém, sabemos que é recorrente por parte de alguns cobrar o que desejarem. Então, ao fixarmos um valor, o usuário também saberá que até o centro ele pagará ‘x’ reais”, disse Patric.
Para o presidente da Associação de Taxistas de Passo Fundo, Jair Embarach, a tarifa única foi um pedido da própria categoria. “Este tipo de viagem costuma dar muito problema. Já tivemos casos de passageiros que pagaram mais de R$ 100 [pelo trajeto]. Era a mesma coisa com o Aeroporto. Como tem colegas que acham difícil trabalhar a noite sem ligar o taxímetro, pensamos nesta solução. Certamente não vai resolver completamente as cobranças indevidas, mas deve melhorar uns 90%”, comentou ele. Para regiões além da Praça Tochetto, o taxímetro deverá ser ligado normalmente. O valor de R$ 50 compreende apenas esta distância inicial. A indicação também pede que a Secretaria de Transportes e Serviços Gerais coloque adesivos nos veículos da mesma forma que é feito com a tarifa ao Aeroporto.
Taxímetro com impressora
Além desta indicação, um projeto de lei também poderá influir na rotina de quem utiliza o serviço de táxi em Passo Fundo. Ainda em processo estudo, o projeto prevê a obrigação da instalação de taxímetros com impressora em todos os táxis da cidade. Também de autoria do democrata, a atitude deve “garantir segurança ao usuário e mais agilidade na entrega do recibo, sem contar que as empresas poderão receber o comprovante online da corrida”, como consta em material divulgado pela assessoria do parlamentar. Os permissionários terão prazo para a questão seja regulamentada.
Outra lei que complementa o trabalho dos taxistas diz respeito a regulamentação da função motorista. O projeto – que já foi aprovado na Câmara em novembro do ano passado – autoriza a existência de outros dois condutores, além do permissionário, em um único táxi ainda que sem vínculo empregatício. Antes da lei, o permissionário era impedido de dar o carro para um motorista auxiliar prestar o serviço em seu horário de folga – mesmo que esta prática fosse frequente pelos profissionais da área. “Quando éramos fiscalizados pela Secretaria de Transportes, por exemplos, a lei não reconhecia a presença do motorista auxiliar, então a cobrança acabava sempre indo para cima do permissionário. Isso vai ficar 100% melhor: você fez, você assume”, lembrou Jair.