Centro Oncológico Infantojuvenil completa um ano de atividade

Serviço é referência para aproximadamente 2 milhões de habitantes, abrangendo as macrorregiões norte e missioneira, que contempla 188 municípios

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Atividades lúdicas fazem parte do tratamento oferecidoAtividades lúdicas fazem parte do tratamento oferecido
Atividades lúdicas fazem parte do tratamento oferecido
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Quarto andar do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo. Centro Oncológico Infantojuvenil do Instituo do Câncer Hospital São Vicente.  Ao lado da sala de quimioterapia, após sair do consultório, a jovem Keila Almeida 16 anos, pula de alegria. O sorriso misturado as lágrimas mostravam a emoção e felicidade após receber a notícia de que ela havia vencido uma batalha contra o câncer. Após dois anos de quimioterapias, internações e tratamento, ela encerrou o tratamento contra a Leucemia. O choro da mãe Neusa Carvalho de Almeida contagiava de esperança os outros pacientes que ali seguem na batalha. “Foram momentos difíceis, mas que graças aos profissionais médicos, enfermeiros, psicólogos e aos projetos que nos apoiaram, eu consegui. Aqui me senti amparada e acolhida e graças a isso, hoje posso dizer que venci o câncer”, relata.

Keila é uma das 88 crianças e adolescentes que realizam tratamento no Centro Oncológico Infantojuvenil, que no dia 15 de junho de 2016, há um ano, inaugurava uma nova estrutura, que auxiliou na melhoria do atendimento, humanização e tratamento desses pacientes. Referência para aproximadamente 2 milhões de habitantes, abrangendo as macrorregiões norte e missioneira, que contempla 188 municípios, o centro conta com o trabalho e a dedicação de uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, farmacêuticos, psicólogos, odontólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e pedagogas. Ao longo deste primeiro ano foram realizadas mais duas mil consultas ambulatoriais.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que, em 2017, surjam aproximadamente 12,6 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes. Hoje, os olhares se voltam para a ciência na busca de respostas contra o câncer, pouco mais de 50 anos se passaram desde as primeiras crianças curadas com quimioterápicos e agora há cura para 70% dos casos nos países desenvolvidos.

No âmbito do atendimento oncológico as necessidades estratégicas são promover diagnóstico precoce, atender de 100 a 130 novos casos por ano, aprimorar a estrutura de suporte e promover pesquisa e o uso de novas tecnologias, assim como garantir suporte paliativo de qualidade aos pacientes. Os novos projetos contemplam a elaboração de ala de internação, criação do Centro de Transplante de Medula Óssea e ampliação da capacidade diagnóstica com nova tecnologia (PET-CT).

A questão da humanização também é destaque no Centro Oncológico, já que é fundamental no tratamento. Dentre as atividades, é possível enaltecer o programa Classe Hospitalar Escola de Vida, desenvolvido com apoio da Prefeitura Municipal de Passo Fundo e Ministério Público, que tem o objetivo dar continuidade ao aprendizado e a validação do ano letivo dos pacientes em tratamento oncológico. Para a pequena Ketlin Martins Duarte, 10 anos, de Carazinho, passar os momentos difíceis do tratamento junto com as pedagogas foi fundamental. “Ela gostava muito da escola, então poder ter aulas aqui foi muito bom, porque ela esquecia que estava doente, se sentia em casa. A primeira internação ela ficou 47 dias e depois dizia que tinha saudade do hospital em função do acolhimento e amparo que recebia aqui”, conta Leunice Martins Duarte, mãe de Ketlin. A pequena, que há 10 meses enfrenta a Leucemia também está feliz pois, entrou na fase de manutenção do tratamento. “Nós conseguimos diagnosticar cedo a doença. Graças a estrutura do Centro e dos profissionais ela iniciou rapidamente o tratamento. Aqui nós nos sentimos amparados por todos além de ser uma ótima estrutura”.

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