Passo Fundo perde posição, mas se mantém entre os 10 maiores

Índices provisórios para 2018, estão publicados no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O município de Passo Fundo perdeu duas posições no rankingo dos maiores índices de participação do ICMS para 2018. Os índices provisórios de cada município podem ser conferidos na edição desta segunda-feira (19) do Diário Oficial do Estado (DOE). Apurado pela Secretaria da Fazenda com base no desempenho médio da economia local entre os anos de 2015 e 2016, o IPM Provisório (Índice de Participação dos Municípios) indica como o Estado irá repartir cerca de R$ 8,33 bilhões, ao longo do próximo ano, entre as 497 prefeituras gaúchas. Passo Fundo, que, em 2017 estava na 7ª posição, passou para a 9ª. O município, porém, se mantém entre as dez maiores economias do Estado.

O volume corresponde a 25% sobre a receita de ICMS, que tem uma projeção de arrecadação de R$ 33,34 bilhões, em 2018, conforme previsto no projeto da LOA (Lei de Diretrizes Orçamentárias). A portaria com o IPM provisório foi assinada pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes, na última sexta-feira (16).

Pelo segundo ano consecutivo, a publicação do índice provisório ocorre ainda dentro do mês de junho, respeitando os prazos determinados pela lei complementar nº 63/90. Conforme o subsecretário da Receita Estadual, Mário Luís Wunderlich dos Santos, a medida auxilia as prefeituras na elaboração das suas peças orçamentárias. A partir da publicação do IPM Provisório, inicia o prazo para eventuais questionamentos dos municípios para posterior confirmação dos percentuais definitivos.

Crescimento

O rateio na arrecadação do ICMS é definido por uma série de critérios estabelecidos em lei. O fator de maior peso é a variação média do Valor Adicionado Fiscal (VAF), que responde por 75% da composição do índice. O VAF é calculado pela diferença entre as saídas (vendas) e as entradas (compras) de mercadorias e serviços em todas as empresas localizadas no município.

Por este critério, a Receita Estadual apurou, por exemplo, que o melhor desempenho proporcional ocorreu nas regiões Celeiro (variação de 19,6%), Sul (15,6%) e Médio Alto Uruguai (14,3%). As maiores economias continuam concentradas nas regiões Metropolitana, Vale do Sinos e Serra, porém com variação do VAF baixa nos anos de 2015 e 2016, por conta dos reflexos da recessão econômica do país.

Nas dez maiores economias do Rio Grande do Sul, o IPM Provisório para 2018 mostra igualmente os reflexos da crise. Apenas três municípios têm crescimento previsto para o próximo ano: Canoas (passa de 6,69% para 7,09%), Rio Grande (de 1,17% para 1,97%) e Santa Cruz do Sul (1,45% para 1,54%). As demais têm ligeiras quedas.

Para as empresas do Simples Nacional é feito um cálculo simplificado, que considera como valor adicionado 32% sobre a receita bruta da empresa. Outras variáveis e seus pesos correspondentes são: população, 7%; área, 7%; número de propriedades rurais, 5%; produtividade primária, 3,5%; inverso do valor adicionado per capita, 2%; e pontuação no Programa de Integração Tributária (PIT), 0,5%.

Em 2016, o repasse de ICMS aos municípios foi de R$ 6,03 bilhões. Em 2017, até o mês de abril, as transferências de ICMS já alcançaram R$ 1,96 bilhão.

 

COREDE

VAF 2015

VAF 2016

Variação 2016/2015

Celeiro

R$   2.618.321.741,96

 R$   3.130.579.724,00

19,6%

Sul

R$ 13.670.046.347,14

 R$  15.801.140.678,00

15,6%

Médio Alto Uruguai

R$   3.525.605.667,54

 R$    4.029.221.807,00

14,3%

Fronteira Noroeste

R$   4.835.068.272,59

 R$    5.472.143.269,00

13,2%

Alto Jacuí

R$   5.144.665.514,74

 R$    5.784.388.469,00

12,4%

Campanha

R$   3.799.573.900,00

 R$    4.201.607.170,00

10,6%

Vale do Rio Pardo

R$   9.535.447.931,87

 R$  10.481.967.020,00

9,9%

Centro Sul

R$   4.196.827.341,98

 R$    4.604.808.898,00

9,7%

Jacuí Centro

R$   2.257.638.843,64

 R$    2.471.432.433,00

9,5%

Fronteira Oeste

R$   8.747.027.519,08

 R$    9.570.915.194,00

9,4%

Litoral

R$   3.815.651.842,09

 R$    4.145.676.260,00

8,6%

Nordeste

R$   3.688.531.612,48

 R$    4.003.136.128,00

8,5%

Hortênsias

R$   2.204.991.983,69

 R$    2.390.284.515,00

8,4%

Vale do Taquari

R$   9.535.064.816,30

 R$  10.334.119.340,00

8,4%

Vale do Jaguarí

R$   1.780.483.318,27

 R$    1.929.245.758,00

8,4%

Missões

R$  4.974.406.465,39

 R$    5.376.717.993,00

8,1%

Vale do Caí

R$  5.239.688.630,45

 R$    5.593.485.404,00

6,8%

Rio da Várzea

R$  2.943.129.000,92

 R$    3.101.456.131,00

5,4%

Central

R$  6.316.490.175,57

 R$    6.543.064.441,00

3,6%

Alto da Serra do Botucaraí

R$  1.856.401.865,95

 R$    1.921.800.920,00

3,5%

Noroeste Colonial

R$  4.557.580.391,68

 R$    4.709.422.976,00

3,3%

Norte

R$  6.153.764.077,69

 R$    6.354.183.106,00

3,3%

Campos de Cima da Serra

R$  3.331.713.503,96

 R$    3.407.566.072,00

2,3%

Paranhana Encosta da Serra

R$  3.352.290.278,16

 R$    3.404.926.883,00

1,6%

Serra

R$ 29.777.037.129,11

 R$   30.226.904.031,00

1,5%

Vale do Rio dos Sinos

R$ 44.140.021.942,87

 R$   44.377.255.281,00

0,5%

Metropolitano Delta do Jacuí

R$ 51.088.760.194,30

 R$   51.247.037.893,00

0,3%

Produção

R$  11.404.040.285,47

 R$   11.409.609.191,00

0,0%

TOTAL RS

R$ 254.490.270.594,89

 R$ 266.024.096.985,00

4,5%

Valor Adicionado Fiscal por Corede 2015 – 2016
Fonte: Receita Estadual 

Maiores Economias - Municípios

IPM 2018 - %

Porto Alegre

8,55

Canoas

7,09

Caxias do Sul

4,29

Gravataí

2,34

Rio Grande

1,97

Triunfo

1,82

Santa Cruz do sul

1,54

Novo Hamburgo

1,45

Passo Fundo

1,45

Pelotas

1,30

Gostou? Compartilhe