Há pouco mais de dois meses, a Escola Estadual Jerônimo Coelho, localizada no bairro São Cristóvão, enfrenta problemas estruturais graves. Uma erupção entre o segundo e o terceiro prédio do educandário resultou na formação de um verdadeiro buraco no chão, e o desmoronamento agravou-se ainda mais depois das fortes chuvas registradas no município. Desde então, o local está interditado por apresentar riscos à segurança das crianças e dos funcionários.
De acordo com a diretora da escola, a professora Verlânia Aparecida Serrão, o buraco tem em torno de quatro a cinco metros de comprimento, dois a três metros de largura e dois metros de profundidade. “A única solução foi interditar o local, porque é bem no acesso ao terceiro prédio e é perigoso que as crianças passem por lá e trepide. Algumas partes do prédio também podem vir a baixo. A erupção fez com que aquela parte ficasse no ar, embaixo está simplesmente oco”, explica.
A escola atende cerca de 480 alunos do ensino fundamental e possui três prédios – o primeiro, que é reservado à parte administrativa, e os outros dois onde ficam salas de aulas. No terceiro prédio, alvo da interdição, ficavam as turmas do primeiro ao quarto ano de ensino. Elas precisaram ser removidas e realocadas no segundo prédio, enquanto os reparos necessários não são feitos. Segundo a diretora, a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ª CRE) visitou o local junto com engenheiros da Coordenaria Regional de Obras Públicas (CROP), que constataram o caráter emergencial da obra, por ser perigosa aos alunos e comprometer a estrutura dos dois prédios. “O que a Coordenadoria tem feito é ligar toda a semana para saber como está a situação, mas nada além disso. Ela nos informou que essa parte burocrática leva 180 dias para se resolver”.
Problemas recorrentes
Apesar de a erupção ser o problema mais grave, não é o único. As rachaduras nos prédios da escola Jerônimo Coelho são constantes e se repetem mesmo com reformas. Na quadra utilizada para atividades esportiva, que foi totalmente reformada há cerca de um ano, as rachaduras voltaram a se espalhar de maneira expressiva. “Imagino que seja por causa de trepidações. Ela está toda se rachando, está bastante complicado”, lamenta a diretora.