Índios bloqueiam rodovias na região

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Na BR 386, em Iraí, trânsito foi liberado das 10 às 14hNa BR 386, em Iraí, trânsito foi liberado das 10 às 14h
Na BR 386, em Iraí, trânsito foi liberado das 10 às 14h
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Pelo menos cinco pontos de rodovias foram bloqueadas ontem, na região norte do estado, por índios da etnia Caingangue. Eles protestam contra a nomeação do novo  superintendente regional da Fundação Nacional do Índio, cuja sede está localizado em Passo Fundo, Lauriano Ártico (PMDB), e também pelas demarcações das terras reconhecidas como pertencentes aos antepassados  indígenas. Os pontos bloqueados foram em Ronda Alta, Iraí, Gentil, Cacique Doble e Erebango.

Na BR 386, em Iraí, cerca de 150 indígenas participaram do protesto. O trânsito foi liberado apenas por duas horas, entre às 10h e 14h. A pista foi totalmente liberada por volta das 18 horas. Na BR 285, o protesto  realizado por aproximadamente 100 indígenas, aconteceu no quilômetro 257, trevo de acesso ao município de Gentil e Água Santa. A passagem de veículos era liberada de hora e hora. Conforme a Polícia Rodoviária Federal de Passo Fundo,  a manifestação encerrou por volta das 15h30min. Em Erebango, o bloqueio ocorreu no quilômetro 63 da RS 135. Cerca de 200 indígenas fecharam a rodovia a partir das 9h, liberaram o fluxo a cada 15 minutos. De acordo com a Polícia Rodoviária de Erechim, o protestou terminou por volta das 14h.

O grupo de índios que ocupava a sede da superintendência regional da Funai, em Passo Fundo, há cerca de 30 dias, deixou o local ontem para participar dos atos nas rodovias. Na entrada do prédio foram fixados vários cartazes, um deles informando que a sede permanece ocupada. As lideranças indígenas são contrárias à nomeação de Lauriano Ártico, ex-prefeito de Parai, indicado pelo deputado federal Alceu Moreira (PMDB). Presidente da CPI da Funai, o parlamentar é apontado como contrário às causas indígenas. Também denunciam a falta de diálogo para nomeação de outros cargos da Funai. Esta situação deve ser debatida hoje durante audiência pública na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, com a participação de lideranças caingangues.

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