Gravidez na adolescência tem queda de 19% em cinco anos

A descentralização no acesso a anticoncepcionais, instalação de distribuidores de preservativos e as campanhas são fatores que contribuíram para o resultado

Por
· 1 min de leitura
Índices de Passo Fundo são melhores do que a média nacionalÍndices de Passo Fundo são melhores do que a média nacional
Índices de Passo Fundo são melhores do que a média nacional
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A adolescência por si já é um momento de transformação tanto corporal como emocional. É neste período da vida que as pessoas passam a ver a vida com os próprios olhos e se distanciar da infância. E a transformação é ainda maior quando nesta época da vida as meninas se deparam com uma gravidez, na maioria das vezes não planejada. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 66% dos casos de gravidez precoce, ou gravidez na adolescência, são indesejados. Este dado se refere às meninas que ficam grávidas entre 10 e 19 anos de idade. O número de crianças nascidas, de mães adolescentes nessa faixa etária, representa 18% dos três milhões de nascidos vivos no país em 2015, de acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, divulgado em maio deste ano.

Em Passo Fundo, conforme levantamento da Secretaria de Saúde, o índice é menor que a média nacional e vem decrescendo nos últimos cinco anos. Em 2012 17,01% das gestações registradas no município eram de meninas com até 19 anos. Este índice caiu para 13,79% em 2016. “Isso significa que em cinco anos houve uma queda de 19% na ocorrência de gestação na adolescência e ao longo dos últimos cinco anos houve queda em todos os anos”, ressalta o secretário Luiz Artur Rosa Filho.

Para o secretário, algumas medidas que vêm sendo adotadas ao longo desses anos pode ser a justificativa para esta   queda. “Políticas como o aumento da dispensação de anticoncepcionais, descentralização do acesso a estes medicamentos, instalação de distribuidores de preservativos, campanhas realizadas no Carnaval e o trabalho realizado nas escolas podem ter influenciado decisivamente para esta queda”, destaca o secretário. Além da diminuição do número de casos entre os anos de 2012 e 2016, também os dados preliminares de 2017 apontam a mesma tendência de queda.

ANO     Percentual de casos (até 19 anos)
2012    17,01%
2013    16,91%
2014    15,86%
2015    15,02%
2016    13,79%
2017*    13,53%

(*) De acordo com os dados registrados até o momento

Gostou? Compartilhe