Aumento na incidência de alergias

Asma e rinite são as principais doenças alérgicas desencadeadas pela troca brusca de temperatura

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Muitas vezes, os sintomas podem ser confundidos com o resfriadoMuitas vezes, os sintomas podem ser confundidos com o resfriado
Muitas vezes, os sintomas podem ser confundidos com o resfriado
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Congestionamento nasal, olhos lacrimejantes, tosse e até mesmo falta de ar... A troca brusca de temperatura registrada nos últimos dias, aliada ao tempo seco, é a principal vilã quando se trata de doenças alérgicas. Nos hospitais, nota-se que a rinite alérgica e a asma são os problemas mais prevalentes nesta época.

A alergista e imunologista do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Melissa Tumelero, explica que a rinite é um fator que inflama toda a via aérea e causa congestionamento nasal, espirros, olhos lacrimejantes e produção de secreção e muco, enquanto a asma é uma inflamação do bronco, que desencadeia tosse, chiado no peito e falta de ar. “Sem dúvidas, a mudança de clima é o principal fator que desencadeia isso. Até se estivesse sempre frio seria melhor do que essa troca brusca”.

Além das baixas temperaturas e dos ácaros prevalentes em todo o inverno, outro ponto importante é a falta de chuva e os dias abafados registrados recentemente. É que essa condição climática, muito parecida com a primavera, fez com que o pólen aparecesse antes da época, adiantando os problemas para quem tem alergia aos minúsculos grãozinhos produzidos pelas flores. “Geralmente, quem tem alergia ao pólen começa a sentir bastante em agosto e durante toda a primavera, mas o tempo seco fez com que esse problema começasse mais cedo”, explica a alergista. Ainda de acordo com ela, crianças e idosos integram o público mais atingido por alergias causadas pelas condições climáticas. Quando se trata do pólen, os adultos são os que mais sentem o problema.

Cuidados

Para evitar os sintomas desconfortáveis causados pelas alergias, Tumelero recomenda alguns cuidados. “No caso do clima, quem tem esse problema todo o ano, quando começa a esfriar, o ideal é começar uma prevenção antes do inverno. Lá por março ou abril já é possível começar um tratamento, existem vários medicamentos que ajudam a evitar as crises alérgicas. E é muito mais fácil tratar preventivamente do que durante uma crise, porque a cada crise a quantidade de medicamentos necessária é maior”.

Se o problema se deve ao pólen, também é possível fazer tratamento preventivo com medicação contínua durante a primavera ou um medicamento voltado especialmente para o caso de crise. “Além da medicação, existem cuidados mais simples. O pólen vem com o vento, então nesses dias bonitos, de sol e muito vento, o ideal é evitar ficar na rua e preferir ficar dentro de casa, sem abrir muito as portas e janelas, evitando a exposição ao fator que desencadeia isso”.

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