Bloqueio atmosférico volta a atuar na região

Nessa segunda-feira, Passo Fundo registrou a temperatura mais alta dos últimos 30 anos durante o inverno

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Tempo limpo, sem previsão de chuva para os próximos diasTempo limpo, sem previsão de chuva para os próximos dias
Tempo limpo, sem previsão de chuva para os próximos dias
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Depois das temperaturas negativas registradas na última semana em Passo Fundo, essa semana iniciou com dias quentes mais uma vez. A formação de um novo bloqueio atmosférico sobre o Sul do país fez com que, na segunda-feira, a temperatura máxima chegasse a 28°C no município – é a temperatura mais alta dos últimos 30 anos para o período. Para quem tinha esperança de dar adeus à massa de ar seco que predomina há dias, a notícia é negativa: ela não deve se despedir do Estado tão cedo.

De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo/Inmet, Ivegndonei Sampaio, não há qualquer previsão de chuva para os próximos dias. Até o momento, a chuva registrada em julho não passou dos 21mm, enquanto a média histórica para o mês é de 162mm. Além dos dias secos, com das temperaturas elevadas, outro fator preocupante é a baixa umidade relativa do ar, que na segunda-feira ficou abaixo de 30%. Para a Organização Mundial da Saúde, o índice é considerado estado de atenção, por apresentar riscos à saúde humana. “Com as fortes geadas da semana passada, a pouca chuva do mês e a baixa umidade relativa do ar, já temos um aviso de alerta para risco de incêndios, que ocorrem às margens de rodovias e nos locais onde há matas mais baixas”, explica Sampaio.

Nesta semana, a queda na temperatura deve prevalecer à noite e na madrugada, com dias de grande amplitude térmica. Enquanto as mínimas devem ficar entre 11°C e 13°C, as máximas ficam entre 24°C e 26°C. O padrão de tempo seco deve mudar somente no começo de agosto.

Agricultura

Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Claudio Doro, o plantio do trigo foi encerrado com 47 mil hectares plantados nos 40 municípios gaúchos de abrangência da instituição. A umidade nas plantações, devido à chuva recente, foi suficiente proporcionar uma boa germinação para as plantas. No entanto, agora, os agricultores já começam a ressentir a falta de chuva e a baixíssima umidade. “Choveu muito pouco e nós não temos previsão de chuva até o final do mês. Então as plantas paralisaram o crescimento e estão começando a ficar com o aspecto amarelado por falta de umidade no solo. Os tratos culturais – ou seja, aplicação de herbicida, inseticida e o nitrogênio em cobertura em forma de ureia ou de sulfato de amônia – não puderam ser realizados porque não tem umidade. A planta está estressada pela falta de umidade. Vamos aguardar que venha uma boa chuva daqui uma semana para tentar amenizar o quadro, mas podemos dizer que o quadro é preocupante”.

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