Gato do mato pequeno, ameaçado de extinção, é encontrado no Campus da UPF

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Gato do mato pequeno, em deslocamento, no período noturno em área de APP do Campus I da UPFGato do mato pequeno, em deslocamento, no período noturno em área de APP do Campus I da UPF
Gato do mato pequeno, em deslocamento, no período noturno em área de APP do Campus I da UPF
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Acadêmicos e professores do curso de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (UPF) realizam, desde 2012, o monitoramento da fauna silvestre do Campus I, com objetivos de atender a questões legais e de conhecer as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Em uma dessas atividades, no mês de julho, a equipe atualmente composta pelos alunos Carlos Toffolo, Caroline Formentini, Jhenifer Alflen, Julia Pacheco e Tauana Morés, sob orientação das professoras Carla Denise Tedesco e Noeli Zanella, registrou a presença da espécie Gato do mato pequeno (Leopardus guttulus).

No monitoramento, entre outras metodologias, o grupo acompanhou o uso de habitats pelos mamíferos com armadilhas fotográficas. “A armadilha fotográfica, como diz o nome, é um equipamento que fotografa e filma, acionado por sensores de movimento, que funcionam tanto no período diurno como no noturno, detectando a presença de animais”, explica a professora Carla.

Gato do mato pequeno 

A espécie registrada pela armadilha fotográfica na UPF é a menor dentre os felídeos do Brasil. Se alimenta de pequenos roedores, lagartos e pequenas aves. É encontrada numa grande variedade de ambientes: das florestas pluviais densas da Mata Atlântica e Amazônia às áreas secas quase sem chuva da Caatinga nordestina. Tem hábitos solitários, tipicamente noturnos e ou crepusculares.

De acordo com informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, embora possa ser encontrado tanto em ambientes conservados quanto em uma variedade de ambientes alterados, inclusive em áreas agrícolas, o felino apresenta uma grande associação com os remanescentes de vegetação natural. Sua classificação enquadra-se como categoria vulnerável no livro vermelho de fauna ameaçada de extinção no estado, conforme a Fundação Zoobotânica do estado do Rio Grande do Sul.

Segundo a equipe que realiza o monitoramento da fauna silvestre, as principais ameaças às populações são a perda e a fragmentação dos habitats naturais dos quais a espécie depende. “O encontro com a espécie reforça a importância da manutenção das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de corredores ecológicos, na região do Planalto. A Universidade está fazendo a sua parte identificando e conservando áreas que possibilitem a presença de animais silvestres, como a Reserva Particular do Patrimônio Natural UPF (RPPN/UPF), as áreas verdes e as APPs do Campus”, ressalta a professora Carla.

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