O projeto do Parque da Gare foi um dos 10 finalistas do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel. O Instituto, que fica em São Paulo, é um dos principais do país e o prêmio que outorga busca reconhecer as produções arquitetônicas de destaque na cena contemporânea brasileira, valorizando as formas inovadoras de pensar e construir o espaço social, contribuindo, assim, com o desenho do panorama atual da arquitetura nacional nos seus mais variados contextos. Por ser um dos finalistas, o projeto do Parque da Gare, com fotos e explicações, está em exposição no Instituto, junto com os demais nove finalistas.
A importância social, a conexão com a cidade e a revitalização da área verde são alguns dos aspectos que fizeram com que o projeto fosse um dos selecionados. “Ser finalista do concurso de arquitetura Tomie Ohtake é um reconhecimento nacional da qualidade arquitetônica e urbanística do projeto do Parque da Gare, colocando Passo Fundo no hall de cidades que se destacam pela qualidade de suas intervenções urbanísticas. Entre os finalistas apenas dois eram projetos urbanos o que destaca ainda mais a qualidade arquitetônica do espaço construído no parque”, destaca a arquiteta e secretária municipal do Planejamento, Ana Paula Wickert.
Para a secretária, a arquitetura é uma das formas da cidade mostrar sua pujança econômica, social e intelectual. “O desenvolvimento sociocultural de uma cidade é representado através de sua arquitetura arrojada. É a primeira vez que um projeto público realizado em Passo Fundo ganha destaque nacional, o que mostra também a preocupação do poder público com a qualidade dos espaços oferecidos à população, conferindo respeito ao cidadão e aos investimentos públicos”, salienta.
O projeto e obra da Gare, que foram inscritos no prêmio por Pedro Lira, arquiteto responsável pela obra, já vinham sendo bem aceitos, segundo ele, por publicações brasileiras e internacionais para onde já haviam enviado material antes. “Acredito que seja uma obra de destaque no cenário nacional de obras públicas dos últimos anos e pelo seu grande impacto positivo na população. O prêmio é muito importante no cenário nacional, e sendo o projeto de grande impacto social acreditei que seria muito adequado participar”, explica.
Para ele, o fato de ter sido selecionado pode ser atribuído à importância do projeto para a cidade, “na mesma proporção é para mim e equipe. Acredito que tenha sido escolhido pela sua importância social e por unir no mesmo projeto distintas escalas”, salienta. As escalas, conforme argumenta o arquiteto, são “a urbana em uma cidade com cerca de 185 mil habitantes – pela conexão do parque com a cidade e revitalização do seu principal espaço público; escala paisagística – através do desenho do parque, suas áreas verdes e caminhos; e escala da arquitetura – através da implantação de infraestruturas de grande importância para a comunidade local, como a Feira do Produtor, que promove a agricultura familiar, e a biblioteca”, avalia.