A forte área de instabilidade, que chegou com força ao Rio Grande do Sul na noite do último sábado (14), já começou a se afastar do Estado nessa segunda-feira. De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo/Inmet, Ivegndonei Sampaio, a entrada de um ar seco é a principal responsável por distanciar a instabilidade, em direção ao oceano.
No último fim de semana, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, a região foi atingida por fortes pancadas de chuva, acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento que chegaram a 64 quilômetros por hora. A precipitação nos dois dias, e especialmente na madrugada de domingo, foi a mais forte registrada em todo o mês de agosto e chegou ao índice de 98mm. Em quinze dias, o acumulado de chuva no município é de 143mm. Isto representa 77% da média histórica do mês, que é de 188mm. “A nossa região estava com um déficit hídrico de 140mm, em decorrência da falta de chuva registrada em julho. Com as chuvas recentes, esse déficit foi recuperado”, destaca Sampaio.
Agora, a frente fria responsável pelas chuvas deve retornar somente no próximo fim de semana (19 e 20 de agosto). O ar seco, no entanto, não é suficiente para dissipar totalmente a nebulosidade que já vinha sendo registrada na semana passada. Durante esta semana, as nuvens ainda devem marcar presença no céu, embora o sol volte a aparecer com mais frequência, de maneira alternada. “A previsão estendida indica que a nova área de instabilidade, que deve voltar entre sábado e domingo, trará pancadas de chuva por vezes forte, principalmente na noite de domingo. A segunda-feira inicia com chuva”.
Apesar de a manhã de ontem ter iniciado um pouco mais gelada que os dias anteriores – a mínima chegou a 7°C –, nos demais dias desta semana as temperaturas não devem voltar a cair. Enquanto as temperaturas mínimas sobem e ficam entre 10 e 12°C, as máximas chegam a 20°C. Também não há qualquer indicativo da incidência de uma nova onda de frio, pelo menos até o próximo domingo. “As temperaturas registradas em agosto têm estado 1°C acima da média, o que significa que, até o momento, não tivemos nenhum registro de frio intenso”, esclarece o observador meteorológico.
