Desafios e possibilidades do sistema prisional foram debatidos em encontro

O II Encontro dos Conselhos da Comunidade foi realizado na tarde de ontem, no Ministério Público Estadual de Passo Fundo

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O sistema carcerário foi pauta de debate ontem, no II Encontro dos Conselhos da Comunidade da 4ª Região Penitenciária, que ocorreu no Ministério Público de Passo Fundo. O evento foi dividido em quatro palestras que abordaram programa do egresso e práticas de ressocialização, justiça restaurativa, segurança pública, diversidade e gênero no cárcere e novas práticas no sistema prisional.
O objetivo principal do encontro foi trocar experiências e opiniões sobre os atuais desafios e possíveis soluções para a situação das casas prisionais da região. O promotor de Justiça Marcelo Pires ressaltou a importância do debate. “[O encontro visa] a troca de experiência entre os conselhos, aquilo que há de bom, aquilo que o Conselho faz na sua cidade procurando aperfeiçoar o sistema prisional e propiciar uma ressocialização aos apenados e apenadas. Essa troca de experiência é que gera a riqueza de experiência, de atividades visando melhorar o sistema prisional”, ponderou.
As experiências, de práticas aplicadas em outras casas prisionais, podem servir de inspiração para novas atividades no presídio de Passo Fundo, conforme o diretor Renato Garlet. “Hoje devemos ter novas práticas para acabar com o encarceramento e esses encontros servem para que algumas situações sejam debatidas. Principalmente em relação à justiça restaurativa. Espera-se que, a partir desse encontro, abram-se novos leques para novas práticas dentro do sistema prisional”, pontuou.
Para o presidente do Conselho da Comunidade de Passo Fundo, Vinícius Toazza, o objetivo é unir os esforços em prol de todos. “O encontro nos permitiu criar uma busca por coisas diferentes que estão sendo realizadas para somar e ter uma linha de pensamento e de prática voltada a diversificar as ações dentro do cárcere. Não é apenas um emprego que gera a ressocialização, não é a justiça restaurativa, não é a questão religiosa, a questão pedagógica, mas sim a união de todos esses esforços e das atividades que podem proporcionar algo mais benéfico a todos”, defendeu.
Participam do encontro conselheiros de toda região, que abrange 11 casas prisionais, além da comunidade. O encerramento ficou por conta da Banda Liberdade, composta por jovens que cumprem medida socioeducativa no Case. O evento ainda contou com exposição de artesanatos confeccionados nas casas prisionais.

Gostou? Compartilhe