Foi decidido em Assembleia Estadual do Cpers Sindicato, realizada em Porto Alegre na manhã de ontem, 05, que os professores da rede estadual de educação irão paralisar as atividades por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato, as aulas só serão retomadas após o pagamento integral dos salários e não haverá uma recuperação dos dias parados.
Os professores também reivindicam o pagamento dos juros dos empréstimos que fizeram junto ao Banrisul, no final do ano passado. Após a assembleia, os professores, de todas as regiões do RS, seguiram em protesto até a frente do Palácio do Piratini.
No início da Assembleia, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, criticou a gestão de Sartori. E a decisão do governo em pagar, no final de agosto, apenas R$ 350 do salário da categoria. “Nós não precisamos de esmolas, somos profissionais e exigimos respeito. Nossa categoria está com suas contas atrasadas, pagando juros absurdos ao banco e adoecendo devido a incompetência deste governo. O CPERS nunca se curvou diante de nenhum governo não será agora que irá se curvar”, afirmou.
Nos próximos dias, o CPERS colocará na estrada a Caravana da Educação, que irá percorrer as escolas do Rio Grande do Sul para construir uma greve massiva. “Durante a nossa caminhada, por onde passarmos, fecharemos as escolas em repudio ao descaso deste governo. Em cada cidade que estivermos faremos o bom debate com nossos colegas e toda a comunidade escolar para destacar a importância de paralisarmos nossas atividades neste momento de profundo desrespeito a todos os educadores e educadoras”, explicou Helenir.
Passo Fundo
Em Passo Fundo, segundo o diretor geral do Sindicato, Orlando Marcelino da Silva Filho, algumas escolas a partir de hoje já vão aderir ao movimento e outras durante a semana. Ele ainda comenta que serão feitas atividades com o comando de greve do Sindicato para mobilizar a categoria. “Se o governo pagar tudo na segunda-feira, vamos discutir novamente com os professores e voltar, caso contrário, continuamos”, diz.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que não tem posicionamento quanto a aceitação da greve. Segundo a assessoria, o motivo da paralisação não é de competência da Seduc.
Pagamentos
De acordo com a secretaria da Fazenda não há por enquanto a previsão de ingresso de receitas para o caixa estadual. No entanto, a Fazenda Estadual mantém o cronograma de pagamento até o dia 13.
Em função do feriado de quinta-feira, o depósito de saldos judiciais será prejudicada. Os recursos que reforçam o caixa do RS, que entram nos dias 09 e 10, também serão afetados em razão das datas coincidirem com o final de semana. A previsão é de que somente seja contabilizado a partir do dia 11, segunda-feira.