Terceira idade agora também inserida na Escola de Hackers

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Para quem tem hoje mais de 60 anos a informatização e a presença de computadores dentro de seus ambientes de trabalho e lares certamente representou um desafio muito grande. Essa inovação tecnológica para os avós de hoje deve ter causado algum tipo de temor e até mesmo medo de lidar com algo estranho, e com funcionalidades tão diversas vindas de um mesmo equipamento.

Mas aqueles que enfrentaram este desafio e não viram os computadores apenas como peças incômodas, arregaçaram as mangas, perderam o medo a aprenderam a lidar com estas fantásticas máquinas agora comemoram vitórias e já atingem outro nível. Prova disso é a turma chamada Academia White Hat (Chapéu Branco, da tradução literal do inglês), que iniciou na tarde desta quinta-feira (14) as aulas avançadas dentro do Programa Escola de Hackers, desenvolvido pela Universidade de Passo Fundo em parceria com a Prefeitura de Passo Fundo.

O desafio agora, para quem já na idade adulta aprendeu a usar o computador como ferramenta, é aprender sobre programação de computadores. “O White Hat é mais um braço da Escola de Hackers, dessa vez voltada para a terceira idade. É muito bom ver esse público tão interessado e com muito a aprender”, comenta o idealizado e coordenador científico pedagógico do programa, Adriano Canabarro Teixeira.

A turma conta com alunos que fazem parte dos grupos de convivência da Coordenadoria Municipal de Atenção ao Idoso (Comai), que já têm uma trajetória de aprendizado nessa área. “Para nós, que estamos hoje na terceira idade, o computador apareceu quase como um bicho de sete cabeças. Mas hoje já passamos a fase do aprender a lidar com ele, saímos da parte de conhecer, de perder o medo e hoje estamos programando computadores”, argumenta a coordenadora da Comai, Cândida Bertoncello.

A Escola de Hackers é hoje um dos programas de maior reconhecimento nacional mantido pela Prefeitura de Passo Fundo, conforme o secretário de Educação, Edemilson Brandão. “Este programa eu diria que é o mais bem-sucedido que temos na política educacional de Passo Fundo e recentemente foi reconhecido como um dos projetos mais inovadores. Isso é motivo de orgulho, participar de algo tão importante. E poder unir a Escola de Hackers com a terceira idade é fundamental, porque muito pode ser gerado disso e mostra que podemos evoluir como sujeitos”, destaca o secretário.

Da Escola de Hackers à Academia White Hat

O programa, que nasceu com a Escola de Hackers para alunos do ensino fundamental, apresenta agora outros desdobramentos: o Berçário de Hackers, voltados para crianças da educação infantil, a fim de trabalhar com noções básicas de lógica de programação; e a Escola de Hackers Avançada, criada para os participantes que obtiveram destaque na Escola de Hackers, com foco em desenvolver habilidades na área de robótica. E agora a Academia White Hat, voltada para a terceira idade.

O objetivo é oportunizar um espaço para o desenvolvimento de competências na área de programação de computadores e de raciocínio lógico-matemático. Entre seus objetivos, busca criar alternativas de utilização para os laboratórios de informática das escolas públicas, proporcionar atividades que visam o desenvolvimento de processos criativos, sistemáticos e colaborativos de aprendizagem e, por fim, fomentar o interesse em torno das áreas de informática e matemática.

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