Greve do magistério

CPERS quer fortalecer a greve e organiza manifestação

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Professores fizeram plenária regional e protesto nas ruas centraisProfessores fizeram plenária regional e protesto nas ruas centrais
Professores fizeram plenária regional e protesto nas ruas centrais
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Objetivo é levar milhares de pessoas às ruas no próximo dia 29 quando deve ser depositada a primeira parcela do salário dos servidores estaduais

O magistério gaúcho está se mobilizando para ampliar o movimento grevista e realizar uma grande manifestação no próximo dia 29, em Porto Alegre, contra mais um parcelamento de salários dos servidores estaduais. Conforme dados do Núcleo do CPERS Sindicato de Passo Fundo, a adesão à greve é superior a 80%. A 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ªCRE) indica que apenas sete escolas estão totalmente paralisadas em Passo Fundo e outras 15 com atividades parciais.
Conforme o diretor geral do Núcleo do CPERS em Passo Fundo, Orlando da Silva, o sindicato segue em atividades para o fortalecimento da greve em todo o Estado. Na tarde de sexta-feira (22), os núcleos do CPERS dos municípios de Soledade, Lagoa Vermelha, Erechim e Carazinho realizaram uma manifestação em Passo Fundo. O ato teve início às 14h, na Câmara de Vereadores, seguiu em caminhada até a sede da 7ªCRE, onde os professores coloram adesivos de ‘21’ alusivos aos meses de parcelamento de salários, e encerrou na esquina democrática, com a fala da presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer. Conforme o sindicato, cerca de 400 professores participaram da mobilização. O intuito da manifestação foi reafirmar a adesão da greve e organizar o ato do dia 29, em Porto Alegre. O Sindicato espera mobilizar em torno de 30 mil pessoas.
Na avaliação do diretor geral, a greve tem se fortalecido não apenas na região, mas em todo o Estado. Segundo ele, a situação dos professores é tão preocupante que muitos estão utilizando o período de greve para realizar outras atividades a fim de obter alguma remuneração extra. Na semana passada a estimativa era de que a adesão ao movimento grevista fosse de 80%. Ele pontua que esse percentual deva ter aumentado nesta semana.
A categoria foi uma das primeiras a ter o salário integralizado, em função de ser uma das que tem o menor salário. Mesmo assim, muitos professores tiveram os salários retidos ainda no banco para cobrir financiamentos que precisaram ser feitos em função do parcelamento, conforme salienta Silva. Essa situação reduz o poder de compra e, consequentemente, paralisa 30% da economia gaúcha, conforme o diretor.
O que diz a 7ªCRE
Conforme o coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ªCRE), Elton Luiz de Marchi, todos os dias a coordenadoria realiza um levantamento com as escolas e o encaminha à Seduc em Porto Alegre. “Temos em Passo Fundo 87 escolas, das quais 65 estão com funcionamento normal, 15 parcial e sete em greve total”, enumera. Na região de abrangência da 7ªCRE, que envolve 32 municípios, são 123 escolas, das quais 23 estão em greve total e 23 parcial.

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