Os professores da rede estadual decidiram continuar a greve em Passo Fundo. Conforme informações do 7º Núcleo do CPERS Sindicato a decisão foi tomada devido à forte mobilização da categoria. Hoje, o Comando de Greve realiza o Ato da Greve e Assembleia Popular, às 10h, na Praça da Matriz, na Capital. O objetivo é debater junto à comunidade escolar a situação da educação pública estadual.
Na última sexta-feira (29/09), o governo do Estado pagou integralmente os salários de setembro para os servidores com rendimento líquido de até R$ 1.750, o que contempla 40% do funcionalismo vinculado ao Executivo. Em relação ao Magistério, que é a maior categoria do serviço público, o pagamento de R$ 1.750,00 significou a quitação para 47% dos professores (76.734 matrículas). Para liquidar a folha deste primeiro grupo de servidores, a Secretaria da Fazenda precisou dispor de R$ 184,2 milhões em caixa.
O diretor do núcleo do CPERS de Passo Fundo, professor Orlando da Silva, destaca que a maior parte dos professores continua enfrentando problemas com a falta de pagamento dos salários. Por isso, o movimento de greve não perdeu força, de acordo com ele. A fim de auxiliar àqueles professores que receberão no dia 11, o CPERS organiza uma coleta de alimentos e de dinheiro. “Temos vários colegas em período crítico sem dinheiro para alimentação e compra de remédios”, enfatiza. Amanhã, em frente ao colégio Protásio Alves, o CPERS terá um ponto de coleta de doações e também de venda de bolos outros alimentos para arrecadar recursos para auxiliar os professores que ainda não receberam todo o salário. O ato terá início às 7h30.
Conforme dados do CPERS, cerca de 70% dos professores permanecem em greve em Passo Fundo. Ontem, durante a abertura da Jornada Nacional de Literatura, professores fizeram um ato para lembrar que muitos não puderam participar das atividades devido a não terem como pagar a inscrição em função do parcelamento dos salários. O professor Orlando destaca ainda que vários professores voltarão à atividade nesta semana para poderem levar as crianças à Jornadinha Nacional de Literatura, pois muitos deles já haviam realizado a inscrição.
