Campanha antinuclear leva o Nobel da Paz

A ICAN - Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares ganha o prêmio

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O prêmio Nobel da Paz foi pata a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares - ICAN, anunciou nesta sexta-feira (6) o Comitê Nobel Norueguês. A ação do grupo ICAN alerta sobre as "consequências humanitárias catastróficas" desses arsenais e pelos seus esforços para fazer um tratado que os proíbe. A união de associações que estende por 100 países foi uma "força motriz" e um "ator líder da sociedade civil" do movimento contra as armas nucleares e juntou esforços para "estigmatizar, proibir e eliminar" este tipo de armamento, diz a argumentação do prêmio. O Comitê enfatizou o "sofrimento humano inaceitável" como um "argumento importante" para a proibição de armas e enfatizou que outras armas menos destrutivas, como as minas antipessoais, bombas de fragmentação e armas químicas e biológicas já foram proibidas por diferentes tratados. Este prêmio, acrescentou a decisão, é "também um apelo" a estes países para que iniciem "negociações sérias" para a eliminação das 15 mil "armas nucleares existentes em todo mundo". O grupo ICAN é sucessor no prêmio do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que foi homenageado por levar a paz ao seu país, após 52 anos de conflito armado. A decisão foi anunciada dias após o "não" vencer no referendo colombiano sobre os acordos com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Este ano, o anúncio foi a estreia da presidente do Comitê Nobel Norueguês, Berit Reiss-Andersen, que assumiu o cargo após a morte de Kaci Kullmann Five, ex-líder conservadora norueguesa, em fevereiro deste ano.

Prêmios

Com o prêmio da Paz, fecham os anúncios do Nobel esta semana. Na última segunda-feira (2) o Comitê informou o de Medicina aos cientistas americanos Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young, por descobrir os mecanismos do chamado relógio biológico. Quinta-feira (5) foi o de Literatura, que foi para o escritor britânico de origem japonesa Kazuo Ishiguro, reconhecendo a força "emocional" de seus romances. O vencedor do prêmio Nobel de Economia será anunciado na próxima segunda-feira (9).

 

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