No Dia Mundial da Alimentação uma reflexão sobre impactos e desperdícios  

Neste ano a data tem como temática "Mudar o futuro da migração. Investir em segurança alimentar e desenvolvimento rural

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O Dia Mundial da Alimentação é celebrado em mais de 150 países na próxima segunda-feira, 16 de outubro, que também corresponde a data de fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Nesta mesma data é comemorado em todo o Brasil o Dia do Engenheiro de Alimentos. Neste ano a data tem como temática "Mudar o futuro da migração. Investir em segurança alimentar e desenvolvimento rural".

O coordenador do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo (UPF), professor Dr. Jeferson Steffanello Peccin, salienta que a data propõe uma reflexão a respeito dos impactos da alimentação, não só pelo ponto de vista da saúde humana, mas também em relação aos aspectos econômicos, ambientais e, principalmente, sociais.

“De fato, o investimento em políticas de valorização da produção agrícola, de incentivos de fixação do homem no campo e, principalmente, de valoração dos produtos ali produzidos são políticas sociais que se refletem diretamente nos processos migratórios. Neste contexto, a transformação de matérias-primas agrícolas em alimentos para o consumidor através da agroindustrialização é uma forma sustentável de contribuir com este processo de transformação social”, explicou.

Segundo Peccin, a industrialização de alimentos é vista muitas vezes como vilã da saúde, contudo consiste em processos de transformação da matéria-prima em produtos aptos para o consumo. “Vale lembrar que, de acordo com a FAO, 1/3 dos alimentos produzidos são desperdiçados, sendo que metade desta perda ocorre nas etapas de pós-colheita, transporte e armazenamento. Neste contexto, a industrialização de alimentos contribui com a redução de alimentos desperdiçados, contribuindo assim, com a redução da fome e pobreza no mundo”, afirmou.

Engenharia de Alimentos 

A data de 16 de outubro marca o Dia do Engenheiro de Alimentos, profissional que atua no processo de transformação de matérias-primas em alimentos, até que este chegue a casa do consumidor. “Como dizemos aqui no nosso curso na UPF, é o responsável "da porteira da fazenda até a caixa do supermercado". O Engenheiro de Alimentos atua no controle de qualidade de matérias-primas, no desenvolvimento de novos produtos e processos para a conservação dos alimentos, no desenvolvimento de equipamentos para a indústria de alimentos, na gestão, na garantia da qualidade e na inovação tecnológica dentro de indústrias de alimentos, empresas de consultoria técnica, órgão de pesquisa, de fiscalização, entre outros setores”, explicou.

O curso de Engenharia de Alimentos implantado na UPF há vinte anos, já formal aproximadamente 300 profissionais, que atuam principalmente na região, mas também em outros estados e países. A estrutura de laboratórios é privilegiada, por estar implantado junto ao Centro de Pesquisa em Alimentação da UPF (CEPA), corpo docente específico composto principalmente por doutores, que também atuam no Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), ativa participação junto ao Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque), acreditação no sistema internacional do Arcu-Sul, que facilita o intercâmbio entre Universidades, e o reconhecimento nacional são alguns pontos que merecem destaque. “Egressos, alunos, professores e funcionários da Engenharia de Alimentos da UPF contribuem com a redução da desigualdade social, através de algo tão essencial para a nossa vida, que é a nossa alimentação. Como temos como lema em nosso curso, "Engenharia de Alimentos, a ciência que sustenta a vida", finalizou Peccin. 

 

 

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