No Brasil, cerca de 25% da população é hipertensa, segundo dados do Ministério da Saúde. A estatística representa 30 milhões de brasileiros convivendo com a doença, que pode gerar danos aos vasos sanguíneos e órgãos vitais, desencadeada, entre outros fatores, pelo excessivo consumo de sódio em produtos industrializados. Seguindo essa linha, o acadêmico do curso de Bacharelado em Química da Universidade de Passo Fundo (UPF), Maurício Vincenzi, desenvolve um estudo sobre a influência que esse alto consumo de alimentos, ricos em íons sódio, pode ter sobre o aumento da pressão sanguínea e o que pode ser usado como alternativa na redução do teor deste em produtos alimentícios.
A revisão bibliográfica da pesquisa, orientada pela professora Me. Ana Paula Härter Vaniel e vinculada ao Instituto de Ciências Exatas e Geociências (ICEG/UPF), reúne informações sobre possíveis substitutos ao sódio sem perder características sensoriais e próprias de tais produtos, visando a redução da concentração da substância em produtos embutidos. “Uma característica do ser humano é se adaptar a pequenas alterações no sabor dos alimentos quase que, sem perceber a mudança.
Isso possibilitou às indústrias implantar metas de diminuição do teor de sódio nos produtos e obter sucesso em tal objetivo”, salientou Vincenzi. Sobre essa diminuição do teor de íons sódio nos alimentos, o acadêmico ressalta que “verificou-se que, é necessário fazer uma substituição do sódio por outros compostos não sódicos mas com propriedades semelhantes para que não se percam características próprias dos alimentos”, finaliza.